Foto: Voz da Rússia
O novo modelo de cooperação dos Brics foi o principal assunto da discussão proposta por Serguêi Riabkov. Segundo ele, o grupo não pretende ser uma força em conflito com outros grandes atores da arena internacional.
“Somos abertos, transparentes e é assim que deve ser. Os russos vêm consistentemente tentado mostrar a estabilidade do Brics, sobretudo para assegurar que os impulsos e ideias externas estejam sendo absorvidos, transformados, trabalhados a fundo e então apresentados de novo em nome da comunidade do Brics para avaliação e possíveis ações conjuntas com os demais”, disse.
Durante a reunião, o embaixador extraordinário e plenipotenciário da África do Sul na Rússia, Mandisi Bongani Mabuto Mpahlwa, também falou sobre as características únicas de cada um dos países-membros do Brics.
“Cada umas dessas nações tem presença significativa na região onde estão localizadas. E outro aspecto muito importante sobre o Brics: todos esses países possuem importantes habilidades econômicas, tecnológicas e financeiras”, disse.
Essa característica cria espaço para cooperação interna entre os Brics por meio de parceiras técnicas e também trocando competências entre diferentes países em acordos bilaterais ou que envolvam o grupo todo.
“Somos uma aliança de reformadores do sistema econômico e financeiro, e esse é o interesse estratégico mais profundo que nos une. Nos últimos dez anos, os Brics cresceram economicamente, falando por 420% em comparação aos somente 6 a 7% do G7”, afirmou o embaixador itinerante e coordenador sobre o Brics do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Vadim Lukov.
De acordo com Lukov, o Brics vem ganhando espaço na arena global, porém ainda é subjugado nas instituições internacionais.
“Neste ano o Brics irá contribuir com 56% do crescimento do PIB mundial, mas, por outro lado, continuamos imensamente sub-representados nas estruturas econômicas globais”, acrescenta.
Ao longo de seu discurso, o embaixador extraordinário e plenipotenciário do Brasil na Rússia, Carlos Antônio da Rocha Paranhos, mencionou que o Brics está aberto ao diálogo com outros países e organizações.
“O Brics não é um grupo fechado ou possui um tipo de mentalidade fechada. Estamos abertos para alcançar o dialogo com outros países ou grupos de países com a intenção de informa-los sobre nossas atividades e decisões”, concluiu.
“A primeira cúpula do Brics (incluindo a África do Sul) aconteceu em meados de abril de 2011 na China e o grupo já evoluiu bastante de lá para cá”, disse Serguêi Riabkov.
O termo Bric foi cunhado em 2001 pelo economista da Goldman Sachs, Jim O’Neill, para designar as então quatro potências mundiais com mais rápido crescimento econômico.
Em 2011, a África do Sul uniu-se ao grupo, que passou a ser chamado Brics. Segundo estimativas, as economias dos Brics juntas irão ultrapassar as do G7 até 2050.
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