Reunião de chanceleres da Liga Árabe. Sergei Lavrov (à esq.) fala antes de uma sessão conjunta de ministros das Relações Exteriores dos Estados Árabes (LAS) e do Ministrodos Negócios Estrangeiros da Federação Russa, no Cairo. Da direita para a esque
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Rússia e da Liga de Estados Árabes (LEA) chegaram a um acordo sobre um plano de resolução do conflito na Síria. O anúncio foi feito pelo chanceler russo, Serguêi Lavrov, após as negociações no Cairo neste sábado (10).
De acordo com Lavrov, o plano tem cinco itens: o fim da violência de ambas as partes, o estabelecimento de um mecanismo de monitoramento, o fornecimento desimpedido de ajuda humanitária a todos os sírios, o apoio à missão de Representante Especial do ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, na Síria e a recusa de intervenção externa nos assuntos internos do país.
“Acreditamos que esses cinco itens são de importância fundamental e direcionados a todas as partes sírias”, disse no sábado Serguêi Lavrov.
A Rússia considera importante o apoio prestado aos esforços de Kofi Annan na Síria, esperando que “esse apoio venha a contribuir para o início de um diálogo entre as partes beligerantes sobre o futuro do país”, acrescentou o chanceler russo.
O primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros do Qatar, xeque Hamad bin Jassem al Thani, disse, por seu turno, que a Rússia e a Liga Árabe chegaram a uma compreensão mútua sobre a situação na Síria. “Tivemos uma discussão muito proveitosa e detalhada que culminou com um entendimento sobre os princípios gerais da resolução do conflito”, disse Thani.
Mais cedo no sábado, o chefe da diplomacia do Qatar exortou o envio à Síria de forças árabe e internacional para pôr fim à violência e manifestou a esperança de que a Liga Árabe conseguisse chegar a um acordo com a Rússia sobre esse assunto.
Os protestos antigovernamentais iniciadas na Síria em março do ano
passado acabaram em confrontos armados entre o exército
e as forças da oposição. Segundo a ONU, o número total de vítimas no país já ultrapassou
7.500.
Em fevereiro, a Rússia e a China vetaram o projeto de resolução do Conselho de
Segurança das Nações Unidas sobre a Síria que previa a renúncia do presidente sírio, Bashar al Assad,
e a possibilidade de uma intervenção militar externa no país.
Leia mais em russo: http://www.vedomosti.ru/politics/news/1530924/glavy_mid_rossii_i_lag_soglasovali_plan_uregulirovaniya_v#ixzz1oiwKyOsv
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