Vladímir Pútin Foto: AP
O premier e candidato à presidência russa, Vladímir Pútin, declarou que os países do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) terão no futuro grande influência sobre a economia e política internacionais, mas atualmente precisam estreitar sua coordenação política no cenário internacional.
“Estamos ainda nos acostumando a trabalhar nesse formato, ajustando-nos uns aos
outros. Em particular, devemos estreitar nossa coordenação no cenário político
internacional e nossa colaboração na ONU. Mas quando os cinco do Brics entrarem
de verdade em ação, sua influência sobre a economia e política internacionais
será muito grande”, escreveu Pútin no artigo “Rússia e o mundo em mudança”,
publicado no jornal “Moscow News”.
Confira no infográfico os principais pontos do programa de Pútin, "Rússia num mundo em transição" Infografico: Niyaz Karim
Para o premiê, Moscou sempre deu e continuará dando prioridade à cooperação com seus parceiros do Brics.
“Essa estrutura única, criada em 2006, simboliza mais claramente a transição de um mundo unipolar para uma ordem mundial mais justa. O Brics reúne cinco países com uma população total de quase 3 bilhões de habitantes, as maiores economias emergentes, recursos humanos e naturais colossais e enormes mercados. Com a adesão da África do Sul, o Brics ganhou uma dimensão global, em pleno sentido da palavra, concentrando, desde já, mais de 25% do PIB mundial”, disse Pútin.
Ele também observou que, nos últimos anos, a diplomacia e o setor privado russos têm se concentrado cada vez mais na cooperação com os países da Ásia, América Latina e África.
“Nessas regiões, ainda há grandes e sinceras simpatias para com a Rússia. Em minha opinião, um dos objetivos-chave do próximo período é o aumento da cooperação comercial e econômica e a concretização de projetos conjuntos com essas regiões em energia, infraestrutura, investimento, ciência e tecnologia e turismo.”
“O papel crescente desses continentes no sistema emergente de governo democrático e na economia e finanças globais tem reflexo nas atividades do G-20. Acredito que essa associação irá se tornar, em breve, uma ferramenta estratégica importante não só de reação às crises mas também de reforma a longo prazo da arquitetura econômica e financeira global”, disse o premier.
Ao recordar que, em 2013, a Rússia assumirá a presidência do G-20, Pútin salientou: “Sem dúvida, devemos usar as funções de país presidente para reforçar a ligação dos trabalhos do G-20 com outros organismos multilaterais, sobretudo o G-8, e, certamente, a ONU”.
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