Infografico: RIA Nóvosti
No final de 2011, a Roscosmos (agência espacial federal russa) abriu um concurso para recrutar cosmonautas. Até agora, porém, apenas 25 pessoas em toda a Rússia se inscreveram. Em comparação, a Nasa (agência correspondente norte-americana) recebeu em 2009 mais de 3,5 mil candidatos, dos quais somente nove foram escolhidos.
A seleção é realizada pela comissão do Centro de Treinamento Iúri Gagárin. Apenas quatro dos candidatos, que preenchem todos os requisitos, foram convidados a participar do programa de treinamento.
“A comissão continuará a receber inscrições até 15 de março. Todos os que queiram ser cosmonautas e possivelmente ir à lua, ainda têm tempo para se inscrever”, acrescentou o chefe da Roscosmos, Vladímir Popóvkin.
Os requisitos para ser um cosmonauta incluem ter diploma universitário, boa forma física, experiência de trabalho de cinco anos, domínio do russo e do inglês, conhecimentos básicos de voo espacial tripulado e da história da exploração espacial. Os candidatos devem ter ainda experiência mínima como pilotos de cinco anos.
A vida nada fácil de um cosmonauta
A primeira reação do organismo humano na ausência de gravidade é a falsa impressão que o corpo está inclinado e que tudo está de ponta cabeça.
Logo depois, começam alterações no sistema cardiovascular: o refluxo de sangue causa necessidade de oxigênio no coração, nos olhos e no cérebro. Isso prejudica a coordenação muscular e pode causar perda de visão.
Com a decorrente falta de fósforo e de cálcio, as alterações do metabolismo mineral no organismo prejudicam os ossos. Além disso, os músculos se enfraquecem.
O ritmo monótono da vida no espaço, com a paisagem quase imutável das escotilhas, pode causar depressão, apatia, letargia e fadiga.
Um grave perigo é a radiação espacial. Os fluxos de radiação eletromagnética e os elétrons, pósitrons e outras partículas carregadas e neutras podem ser fontes da radiação. Em grandes doses, essa pode causar mutações nos cromossomos do cosmonauta.
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