Foto: kamazmaster.ru
Pelo terceiro ano consecutivo, a competição automobilística mais atraente do mundo está sendo realizada em tortuosas estradas sul-americanas. Depois de aparentemente abandonar o continente africano de maneira definitiva, o Dakar se estabeleceu nos países sul-americanos. Agora, nesta edição de 2012, a prova ocupa os cenários da Argentina, Chile e Peru. Não seria a hora de trocar o nome por algo mais universal, como Grand Rally?
A tradição sul-americana transforma o Dakar em um acontecimento local: milhões de fãs espalham-se pelas rotas da corrida para ver passar as maravilhas tecnológicas da indústria automobilística contemporânea e, inclusive, se dão ao luxo de ajudar a reparar qualquer dano ocorrido.
A categoria mais “estranha” para os locais é, sem dúvidas, a dos caminhões. Gigantes que desafiam as trajetórias mais difíceis e representam as marcas mais importantes, os caminhões lutam para impor seu design, tecnologias e modelos. Ao longo de toda a história da competição, o caminhão que ostenta mais vitórias e, nos últimos anos, foi um vencedor permanente é o russo Kamaz. Atrás dele estão os Mercedes, MAN, Renault, Mitsubishi, Tatra, Iveco e DAF.
Desta vez, a Kamaz apresentou não só novas tecnologias, mas também novos corredores. Os tradicionais vencedores Vladímir Tchaguin e Firdaus Kabírov deram lugar a uma juventude que começa a trilhar seu próprio caminho. Essa é a primeira experiência deles e isso não é fácil, embora tenham o respaldo da grande escola automobilística Kamaz, encabeçada pelo experiente Semion Iakubov, fundador da equipe.
O jovem Eduard Nikoláiev, um dos favoritos da equipe Kamaz-master, foi excluído na quarta etapa da competição por violar as regras. O Kamaz de Edik, envolto em nuvens de poeira, se chocou contra o veículo de Marcos e José Luiz Di Palma, parado por problemas técnicos. Para ajudar os pilotos do automóvel atolado, a tripulação do Kamaz teve que trocar um pneu e, em seguida, ambos prosseguiram a corrida. A ação de Nikoláiev foi considerada “conduta antiesportiva” pelas autoridades da competição, que deram um castigo severo ao jovem piloto, desclassificando-o, embora inicialmente tivessem dado pouca importância ao acidente e respeitado a quinta classificação geral de Edik.
Iakubov disse que "a decisão foi formalmente correta e o motivo para a desqualificação, de fato, existiu. A decisão do tribunal é final e a equipe foi retirada da prova".
Agora, os Kamaz de Artur Ardavitchus, Andrêi Karguinov e Airat Mardeiev, posicionados entre a 4ª e 6ª colocação, perseguem o líder, o holandês Gerard De Rooy, que tem uma vantagem aproximada de uma hora.
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