Evguêni Chevchúk Foto: TASS
A Transdniestria, república autoproclamada separatista na Moldávia, acaba de eleger um novo presidente. O eleito foi o ex-presidente do parlamento local, Evguêni Chevchúk, considerado pró-Moscou, assim como seu concorrente, Anatóli Kamínski.
Segundo uma fonte da Comissão Eleitoral Central local, o novo presidente é o ex-presidente do parlamento local e líder do movimento Renascença, Evguêni Chevchúk, que venceu o segundo turno da eleição com 73,88% dos votos. Seu concorrente, Anatóli Kamínski, obteve apenas 19,67% dos votos. Os votos depositados contra ambos os candidatos somam 4,45%.
Chevchúk representa o eleitorado de protesto desde que entrou, há vários anos,
em conflito com o então presidente da Transdniestria, Ígor Smirnov, razão pela
qual foi afastado do cargo de presidente do Parlamento e de líder do partido.
Como resultado, a liderança do parlamento e do partido foi assumida por Kamínski.
O conflito com o presidente Smirnov teve como causa a ajuda humanitária enviada por Moscou à população local atingida pela seca em 2007. Segundo Chevchúk, boa parte da ajuda russa foi desviada.
Agora, o Comitê de Investigação da Procuradoria Geral da Rússia abriu um processo criminal contra Oleg Smirnov, filho de Ígor Smirnov, sob a acusação de apropriação da ajuda financeira proveniente de Moscou.
Embora a Rússia tenha apoiado publicamente o atual presidente do parlamento local, Anatóli Kamínski, concorrente de Chevchuk, o país não tem razões para preocupação.
A república de Transdniestria (amarelo no mapa) é um estado não reconhecido no sudeste da Europa. De acordo com a divisão administrativa da Moldávia, a república é uma unidade territorial autônoma da Moldávia, atualmente não controlada pelo governo central
Chevchúk é considerado como político pró-Moscou, assim como Kamínski. No último verão, ele foi eleito para o bureau político do recém-criado movimento Rússia Internacionalista, que engloba as comunidades russófonas das ex-repúblicas soviéticas.
O Rússia Internacionalista apoiou o apelo de Vladímir Pútin para a criação de uma união euroasiática e se proclamou como aliado da Frente Popular da Rússia criada por Pútin.
A ascensão de Chevchúk à presidência da Transdniestria aumenta as chances de reunificação dessa república separatista com a Moldávia, o que é defendido por Moscou. O desejo de Moscou de que Tiráspol e Chisinau cheguem a um acordo com base nos princípios da integridade territorial da Moldávia foi reiterado, em novembro passado, pelo chanceler russo, Serguêi Lavrov, durante sua viajem à região.
Por iniciativa de Moscou, no dia 30 de novembro, em Vilna, capital da Lituânia, foram reiniciadas as negociações diretas entre os separatistas e o governo moldávio. Enquanto isso, sociólogos falam de um drástico aumento das tendências pró-russas na Moldávia.
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