Veronica Nikíchina Foto: Antonio Batalha
Com apoio do ministério do Desenvolvimento Econômico da Rússia, a missão contou com a participação de representantes da Agência de Energia Russa e do ministério da Energia da Rússia, Gazprom, além de executivos de diversas empresas do país. O grupo foi recebido no Brasil pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro.
No âmbito da visita, foram
realizados um fórum empresarial e a apresentação de empresas brasileiras e
russas. Estas últimas falaram de suas mais recentes conquistas em áreas como
consumo eficaz de energia, construção de módulos de energia fotovoltaica, produção
de biocombustíveis a partir de diversas matérias-primas e processamento de
gás natural.
Um dos resultados importantes
dos encontros bilaterais foi o estabelecimento de contatos entre a Agência de
Energia Russa e a maior empresa de energia elétrica brasileira, a Eletrobras.
Ambas as empresas reiteraram sua intenção de desenvolver uma cooperação na área
de eficiência energética e se manifestaram dispostas a assinar um memorando de
entendimento.
A missão teve também um encontro muito importante no ministério das Relações Exteriores do Brasil. As partes assinalaram a necessidade de elaborar um quadro jurídico da cooperação para a modernização econômica dos dois países e um memorando de cooperação nessa área. Analisaram também os progressos no cumprimento das resoluções da 7ª reunião da Comissão Rússia-Brasil de cooperação econômica, comercial, científica e tecnológica, realizada em Moscou em maio passado. O Brasil é um parceiro econômico e comercial muito importante para a Rússia, sendo responsável por cerca de 50% do comércio da Rússia com a América Latina. Segundo estimativas, o intercâmbio comercial entre os dois países deverá atingir, em 2011, US$ 7 bilhões. Assim, os dois países estão perto de alcançar o objetivo fixado por seus respectivos líderes no sentido de aumentar o intercâmbio comercial bilateral para US$ 10 bilhões.
A Rússia avança rumo à construção de uma economia inteligente baseada em inovações, conhecimento e alta tecnologia e está interessada em desenvolver uma cooperação mais ampla com outros países. Para isso, o ministério do Desenvolvimento Econômico da Rússia criou um órgão especial de trabalho, cuja função é desenvolver a interação entre as plataformas tecnológicas russas e suas congêneres estrangeiras. Isso permitirá intensificar a cooperação científica internacional com vista à elaboração e aplicação prática de tecnologias modernas.
Segundo Santiago Mourão, diretor do setor europeu do ministério das Relações Exteriores do Brasil, é necessária uma abordagem criativa para aprimorar o intercâmbio comercial entre os dois países. “Hoje resumido ao comércio bilateral de bens como fertilizantes e produtos agrícolas, esse intercâmbio comercial deve ser diversificado e complementado com produtos inovadores e de alta tecnologia”, disse o diplomata. A Rússia partilha dessa posição e encara como áreas prioritárias da cooperação russo-brasileira os setores de energia, inclusive nuclear, aeronáutica, informática e telecomunicações, além do desenvolvimento de tecnologias agrícola, médica e farmacêutica e biotecnologia.
Veronika Nikíchina - diretora do departamento das Américas do ministério do Desenvolvimento Econômico da Rússia
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