Foto: Reuters/Vostock photo
O líder do partido Iábloko, Serguêi Mitrókhin, esperava que o presidente da Rússia mandasse abrir um processo penal sobre as fraudes nas recentes eleições parlamentares, mas teve suas esperanças frustradas. Agora a oposição pretende enviar ao gabinete da Presidência e ao comandante da guarnição do Krémlin o pedido de autorização para a realização de outra manifestação, com cerca de 30 mil participantes, na Praça Manejnaia no dia 24 de dezembro.
“Dmítri Medvédev, como garante a Constituição, deveria ter dado à Procuradoria Geral e ao Comitê de Investigação a ordem de abrir um processo criminal sobre as fraudes eleitorais e verificar os episódios de violação da lei eleitoral citados na mídia e na internet e testemunhados pelos observadores eleitorais dos partidos”, escreveu Serguêi Mitrókhin em seu comentário ao post de Dmítri Medvédev, citado pela assessoria de imprensa do partido Iábloko.
Ainda de acordo com a assessoria, Serguêi Mitrókhin acredita que os “resultados da investigação terão inevitavelmente como consequência a apresentação ao Supremo Tribunal Federal de uma ação de nulidade das eleições de 4 de dezembro e a reivindicação pela realização de novas eleições legislativas”.
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O deputado federal, Guennádi Gudkov, do partido Rússia Justa, qualificou de “fraca” a resposta do presidente Medvédev, e disse esperar ações mais concretas. “Exigimos a recontagem dos votos em grandes cidades como Moscou, São Petersburgo, Ástrakhan”, disse o deputado, não excluindo, porém, a hipótese de o novo parlamento abrir um inquérito parlamentar para investigar as fraudes eleitorais cometidas, conforme informou a agência RIA-Nóvosti.
No dia 10 de dezembro, uma manifestação contra os resultados das recentes eleições parlamentares foi feita na praça Bolótnai de Moscou, resultando na maior ação de protesto dos últimos 15 anos em Moscou. Segundo a oposição, a ação reuniu até 150 mil pessoas, enquanto a polícia local fala no máximo 25 mil pessoas.
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