Foto: Mikhail Mordássov
“Há quase uma semana, pessoas reunidas na praça central da cidade fazem fogueiras, cozinham, montam tendas, trazem lenha e colchões e, às vezes, dançam e cantam. Em alguns dias, Alla Djióeva ou pessoas de seu comitê de candidatura comparecem para falar com os manifestantes. Nem Moscou nem o atual presidente da Ossétia do Sul, Eduard Kokoite, dão ouvidos a Alla”, relatou o fotógrafo.
“O povo apinhado na praça não irá embora, ele fez sua escolha. Os soldados chamados para defender o prédio do governo não são gente de fora, eles vivem aqui e têm amigos e conhecidos entre aqueles que estão à sua frente na praça, defendendo seu direito de eleger seu governo.”
“Homens cortam lenha para fornos improvisados, construídos de barris de ferro, para se aquecer à noite, quando a temperatura cai para 10 graus negativos. À noite, há sempre um concerto de sanfona e viola na rua ou uma discoteca improvisada em uma tenda”, continuou Mordássov.
A eleição para presidente da Ossétia do Sul teve dois turnos. O segundo turno foi disputado pelo ministro para as situações de emergência da Ossétia do Sul, Anatoli Bibilov, apoiado pelo atual presidente do país, Eduard Kokoite, e a candidata da oposição, Alla Djióeva. Segundo dados preliminares, a vitória estava com Djióeva quando o Superior Tribunal de Justiça anulou os resultados da votação, alegando muitas infrações eleitorais. Em protesto, Alla Djióeva proclamou-se presidente do país e convocou um conselho de estado para “efetivar a passagem constitucional dos poderes”. O atual presidente, Eduard Kokoite, chama de “revolução laranja” a situação vivida na Ossétia do Sul.
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