O vice -presidente do banco Vnesheconombank, Serguêi Vasiliev, o presidente da Apex-Brasil, Mauricio Borges, o senador Luis Henrique da Silveira, o embaixador brasileiro na Rússia, Carlos Antonio da Rocha Paranhos, o senador Luis Henrique da Silveir
Após a visita do presidente da Ucrânia ao Brasil, foi firmado com o país um acordo na área espacial. O Brasil tem planos concretos de fazer um acordo nessa área com a Rússia?
Sr. Embaixador Carlos Antonio da Rocha:
Os entendimentos que há com a Ucrânia nao excluem possibilidades com a Rússia. Cito como exemplo a base de Alcântara, que em nenhum momento ficou apenas delimitada a um país.
A Roscosmos, por exemplo, tem relações e mantem negociações com o Brasil. Ressalto que a Rússia é muito potente nessa área. Para você ter uma ideia , no Teatro Nacional, a Embaixada russa no Brasil promoveu Dom Quixote pela companhia do teatro Bolshoi, para homenagear o primeiro astronauta, Iuri Gagarin. Só o fato dessa proeza nos leva a concluir que há espaço no Brasil para a Rússia , pelo fato de a mesma ter mais experiência.
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Em virtude da vigilância sanitária na Rússia ter detectado problemas na carne brasileira, o Brasil está tendo sérios problemas para continuar exportando carne para esse país ?
Sr. Almir Ribeiro, representante da Apex em Moscou:
Está em andamento algum acordo entre os dois países para resolver essa questão.
O Brasil tem tradição em exportação de carnes, basicamente há 10 anos, tem um servico de vigilância sanitária muito rigoroso que corresponde às normas da Rússia ou de qualquer outro país.A Rússia quer fortalecer a fiscalização sanitária, principalmente de carne de frango. Estamos em processo de conversação com a Rússia para esclarecermos os fatos, e tenho certeza de que em breve o problema estará resolvido.Esse problema é apenas temporário.
O embaixador brasileiro na Rússia, Carlos Antonio da Rocha Paranhos Durante a Conferencia de Imprensa Foto: Apex-Brasil
Qual é o atual desafio da nanotecnolgia do Brasil com a Rússia?
Sr. Embaixador Carlos Antonio da Rocha:
O nosso desafio está centrado na busca de cooperação, para não ficarmos na retórica após a constatação de pesquisa ou desenvolvimento de novos produtos.
O Brasil tem interesse de cooperar com as universidades russas nas esferas de gás e petróleo?
Senador Luis Henrique da Silveira:
Sim. Principalmente com relação à capacitação pessoal dos dois países,através de um programa que foi criado, denominado “Ciência sem fronteiras”, visando dar bolsa de estudos. Em relação a esse programa, já existe contato com o ministério da Rússia para identificar em que áreas os estudantes serão selecionados. Há também possibilidade de receber estudantes russos para estagiarem no Brasil e vice-versa.O inicio de intercâmbio estudantil entre Brasil e Rússia já existe em diversas áreas.
O que os senhores, organizadores do evento, podem dizer no que se refere às cooperações bilaterais na área das tecnologias militares e da segurança?
Sr. Almir Ribeiro, representante da Apex em Moscou:
Há estratégias discutidas, porém os detalhes fogem ao nosso conhecimento. Na área militar temos tecnologia, produzimos armas não letais, etc. Temos tecnologias que podemos propor à Rússia
Quais são os outros produtos que estão recentemente atingindo o mercado russo?
Sr. Mauricio Borges, presidente da APEX-Brasil:
Na área médica, temos os produtos fitoterápicos, que estão entrando muito forte, não somente no mercado russo, mas também em outros países, pela demanda e qualidade do produto.
Também marcaram presença no Fórum Brasiltech 2011 duas empresas que empregam tecnologias agrícolas brasileiras, a Embrapa e a Stara.
O presidente da Apex-Brasil, Mauricio Borges Foto: Apex-Brasil
Uma vez que o Brasil é um grande produtor de carne, posui grande tecnologia. Seria possível com a sua tecnologia ajudar a Rússia a desenvolver essa produção no seu próprio território?
Chefe do Conselho de inovação técnico-cientifica da Embrapa, Felipe Geraldo de Moraes:
Isso seria muito positivo para os dois países. Tudo isso gera conhecimento, todo conhecimento gerado aqui será multiplicado.Mas a iniciativa precisa partir do outro lado.
Rússia e Brasil podem juntos participar inclusive de projetos agrários conjuntos em outros países.
Na Rússia já há maquinários agrícolas de fabricação brasileira?
Representante da Stara S/A, Ricardo Fulber:
Nós começamos nesse mercado e na região do Tartarstão já usam maquinários de Stara e até técnicos da Rússia vão para o Brasil para obter conhecimento de exploração da técnica brasileira.
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