Ígor Korótchenko, diretor do Centro de Análise do Comércio Internacional de Material de Guerra (Cacimg) Foto: milli-firka.org
A liderança russa foi assegurada pelas vendas de armas à Venezuela que, segundo um relatório do Centro de Análise do Comércio Internacional de Material de Guerra (Cacimg), entidade de análise russa, absorveu 86,7% dos fornecimentos identificados de armas russas à América do Sul no período de 2003 a 2010.
Os outros clientes da Rússia, a Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, México, Peru, Uruguai e Equador, tiveram 13,3% das armas russas vendidas na América do Sul.
O Cacimg inclui na região da América do Sul doze países que são alvos da cooperação técnico-militar internacional: Argentina, Bolívia, Brasil, Venezuela, Guiana, Colômbia, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai, Chile, Equador e México, dadas as realidades geopolíticas existentes. Assim, a América do Sul é representada, na classificação do Cacimg, por 13 países.
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Os países centro-americanos e do Caribe compõem, segundo a metodologia do Cacimg, uma região separada com estatísticas separadas. O relatório do Cacimg opera com o volume das exportações identificadas de armas convencionais, conforme classificados pelo registro das Nações Unidas, e os valores calculados após a entrega das armas.
O Cacimg estima o total das exportações de artigos militares para os países da América do Sul (incluindo o México), no período entre 2003 e 2010, em US$ 15,176 bilhões.
Segundo as estatísticas referentes aos anos concretos, as exportações de armas para a América do Sul realizadas totalizaram, em 2003, US$ 634 milhões; em 2004, 800 milhões; em 2005, 1,22 bilhões; em 2006, 2,19 bilhões; em 2007, 2,545 bilhões; em 2008, 2,22 bilhões; em 2009, 2,39 bilhões; e em 2010, 3,18 bilhões.
O primeiro lugar em termos de exportação identificada de armas convencionais para a América do Sul, durante o período de 2003 a 2010, pertence à Rússia, com US$ 3,53 bilhões (23,26% do total das exportações de artigos militares para a região).
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Segundo as estatísticas discriminadas por anos, as exportações da Rússia para a América do Sul se fixaram em US$ 8,2 milhões em 2003; 18 milhões em 2004; três milhões em 2005; 538 milhões em 2006; 1,12 bilhões em 2007; 857 milhões em 2008; 682 milhões em 2009; e 303 milhões em 2010.
Os EUA, com as exportações equivalendo a US$ 2,98 bilhões (19,64%), estão em segundo lugar.
Segundo as estatísticas discriminadas por anos, as exportações dos EUA alcançaram os seguintes valores: US$ 239 milhões em 2003; 66 milhões em 2004; 81 milhões em 2005; 759 milhões em 2006; 445 milhões em 2007; 374 milhões em 2008; 428 milhões em 2009 e 587 milhões em 2010.
O terceiro lugar é detido por Israel, com US$ 1,38 bilhões e 9,1% do mercado. As exportações israelenses apresentam os seguintes valores: US$ 141 milhões em 2003; 167 milhões em 2004; 166 milhões em 2005; 58 milhões em 2006; 115 milhões em 2007; 107 milhões em 2008; 211 milhões em 2009 e 417 milhões em 2010.
Entre os dez maiores exportadores mundiais de armas para a América do Sul nos últimos oito anos, estão, pela ordem decrescente, a Espanha, com US$ 1,33 bilhões, França, com 1,31 bilhões, Alemanha, com 841 milhões, Reino Unido, com 825 milhões, Brasil, com 707 milhões, Países Baixos, com 651 milhões, e a China, com 492 milhões.
O
ranking de exportadores de armas para a América do Sul no período de 2003 a 2010 engloba 31
países, dos quais quatro sul-americanos: Brasil, Chile, Venezuela e Colômbia.
Os outros dez maiores exportadores mundiais de armas com os valores das exportações entre US$ 318 milhões e 43 milhões são, pela ordem decrescente, a Suécia, Itália, Portugal, Índia, Suíça, Polônia, Chile, Dinamarca, Ucrânia e Canadá.
O terceiro grupo dos dez maiores exportadores de armas, com os valores das exportações entre US$ 35 milhões e 1,5 milhões, é composto, na ordem decrescente, pela Irlanda, Jordânia, Arábia Saudita, África do Sul, Cuba, Áustria, Qatar, Venezuela, Bélgica e Costa Rica.
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A Colômbia, com US$ 500 mil, encerra a classificação. No ranking dos maiores exportadores de armas para a América do Sul em 2010, o primeiro lugar é ocupado pelos EUA, com US$ 587 milhões, seguidos pela Espanha, com 586 milhões, e Israel, com 417 milhões.
O maior exportador local é o Brasil, com US$ 707 milhões e o segundo lugar é ocupado pelo Chile, com 48 milhões.
Mais informações sobre a análise do mercado mundial de armas poderão ser obtidas no “Anuário do Cacimg 2011: estatísticas e análise do comércio mundial de armas no período de 2003 a 2010”, que será publicado em breve. O anuário apresenta também previsões detalhadas das exportações globais de armas para o período de 2011 a 2014.
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