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Os exportadores de cereais russos, que acabam de retornar ao mercado mundial após o embargo que tinha durado quase um ano, podem estar satisfeitos. Em julho, quando foi anulada a proibição para a exportação, foram vendidas nos países estrangeiros quase 10 milhões de toneladas de cereais. A julgar pelos dados estatísticos, o volume da exportação vem crescendo cada vez mais e já alcançou um índice recorde. Durante os últimos vinte anos, a Rússia jamais exportou tamanho volume de cereais. O chefe do Centro Analítico Sovekon, Andrêi Sizov, explica as razões desse êxito.
O fator número um é o restabelecimento no ano passado do volume da colheita. Estima-se que ele chegue a 90 milhões de toneladas, o que supera sensivelmente a colheita do ano passado, que foi igual a 61 milhões de toneladas. Surgiram novos importadores de cereais russos, incluindo alguns países da parte sul da Europa. Anteriormente os fornecimentos para estas regiões eram menores. Isto se deve em parte ao fato de que a exportação de cereais da Ucrânia é muito lenta e alguns contratos ucranianos passaram à Rússia.
“Nos últimos anos, ocorreu uma sensível diversificação de cereais exportados da Rússia”, disse o presidente da Aliança de Cereais da Rússia, Arkádi Zlochévski.
Existem algumas outras esferas de exportação: em primeiro lugar, os mercados do sudeste da Ásia e os países da região asiática do Pacífico. Começamos a “desbravar” essas regiões com grandes fornecimentos, embora eles não possam ser qualificados por enquanto de maciços. Mas esse mercado toma conhecimento pela primeira vez dos nossos cereais. Em 2010, promovemos em Singapura uma conferência, oferecendo aos consumidores do sudeste da Ásia uma oportunidade de conhecer nossos cereais. Souberam pela primeira vez o que nós temos. Mais tarde, esse trabalho foi suspenso durante o vigor do embargo. Agora, depois da revogação do embargo, essa atividade foi reiniciada. Já existem fornecimentos regulares de cereais russos a vários países dessa região, como, por exemplo, a Tailândia e a Indonésia.
"Além disso, a Rússia espera em breve ampliar a sua presença no mercado cerealífero do Oriente Próximo e da África. Um dos maiores parceiros pode ser a Arábia Saudita", disse Zlochévski. Uma delegação saudita visitou Moscou no verão. Planeja-se criar uma empresa conjunta e construir vários celeiros de trasbordo. Os respectivos recursos existem. Na opinião de Arkádi Zlochévski o potencial de exportação da Rússia será equivalente neste ano, a no mínimo 30 milhões de toneladas.
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