Aleksandr Samokutiev e Andrêi Borisenko e astronauta da NASA Ronald Garan, hoje voltaram à Terra Foto: Reuters
O lançamento mal sucedido do cargueiro espacial Progress em 24 de agosto não foi apenas um acidente trágico. No ano passado, a Rússia perdeu seis espaçonaves e teve toda uma série de lançamentos adiada por “razões técnicas”, o que, na maioria dos casos, significa uma falha de equipamentos na fase final de preparação de uma nave para o lançamento.
Os acidentes deste ano puseram em dúvida não só a reputação da Rússia como potência espacial como também o futuro da ISS (com a decisão dos EUA de abandonar seu programa Shuttle, os foguetes portadores russos são o único meio de transporte de cargas e astronautas para a ISS). Em 14 de outubro, a Rússia deveria lançar em direção à ISS um cargueiro espacial com cargas para os tripulantes e, em 28 de outubro, uma Soiuz tripulada. Mas, de acordo com fontes citadas pela agência de notícias Interfax, os lançamentos mudaram para os dias 1 e 14 de novembro, respectivamente.
No entanto, as agências espaciais da Rússia e dos Estados Unidos deram a entender que não excluem a hipótese de um desdobramento ainda mais pessimista. “Se, por qualquer razão, não conseguirmos fazer a nova tripulação seguir para a ISS até o final de novembro, vamos considerar todas as hipóteses, inclusive aquela de colocar a ISS a operar em regime de voo autônomo”, disse à Interfax o diretor do departamento de programas espaciais tripulados da Roskosmos, Aleksei Krasnov. A possibilidade de a ISS ser colocada para operar em regime de voo autônomo foi mencionada também por Michael Saffredini, diretor do programa da ISS da Nasa. Segundo o responsável, a ISS tem estoques de oxigênio e água suficientes para que a tripulação permaneça a bordo sem abastecimento até o verão do próximo ano.
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As causas da situação criada no setor espacial russo foram abordadas pelos especialistas Ivan Safronov Jr. (seu artigo foi apresentado em versão resumida, veja a íntegra da matéria no site: http://kommersant.ru/doc/1761326) e Andrêi Kisliakov (cujo material foi publicado em versão reduzida).
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