Foto:Getty Images/Fotobank
À primeira vista, é impossível dizer o que é mais importante nesse torneio: ciência ou esporte. Criada há 15 anos na França, a Eurobot reúne todo ano os estudantes mais brilhantes de todo o mundo. A cidade natal dos participantes da competição vai do México e da Tunísia até a Inglaterra e a Espanha.
Diante das recentes realizações do pensamento científico, ao que parece, nada mais parece ser complicado - basta dar ordens ao robô para que coloque as peças no tabuleiro na ordem correta. Mas, na realidade, tudo se dá de forma diferente.
"As tecnologias modernas são feitas na fábrica. Realizá-las com suas
próprias mãos é difícil. Muitos problemas ocorrem na fase de concepção e até na
inauguração do robô", conta Aleksandr Ralkov, representante da empresa
Oktoid.
Para que o modelo seja autorizado a participar das competições, é necessário
passar por uma homologação. Por trás dessa palavra estranha, esconde-se o procedimento
necessário para se testar o robô, que deve atender a todos os parâmetros
técnicos previamente especificados.
A Eurobot pode ser comparada às corridas de Fórmula-1. Após as rodadas de
teste, as equipes de mecânica e de engenharia refinam seus modelos no pit stop.
Nesta fase, alguns robôs têm de ser literalmente desmontados e montados. O
objetivo principal é não perder os detalhes.
Os belgas, por exemplo, precisam fixar algo... Os russos precisam apertar
alguma coisa... É mais fácil para os estrangeiros, que já estão na final. Das
11 equipes nacionais, apenas três são classificadas. A competição é dura. Na
Rússia, participam a Universidade Estatal Técnica Bauman, a Universidade
Estatal de Moscou e algumas universidades de Astrakhan. Todas têm o desejo de
competir com as equipes internacionais.
“Entendemos que o nível deles é mais alto. Os estrangeiros são mais fortes no
desenvolvimento tecnológico, mas, em relação a algoritmos, podemos competir com
eles”, acredita Iliá Voevodin, líder da equipe de pesquisa A-Robot (da
Universidade Estatal de Astrakhan).
No entanto, a Eurobot não é apenas esquemas, tarefas e horários. É também um
importante fórum internacional. Aqui, é possível conversar com praticamente
todo o mundo. “Vou até outras equipes para dar uma olhada em alguma coisa,
aprender a estratégia. Enfim, o nome do meu robô é 'Ladrão'. É brincadeirinha,
claro”, disse Kapita Felice, belga que participa da Eurobot-2011.
O que, à primeira vista, parece ser nada mais do que um jogo, na verdade é um trampolim para um salto definitivo rumo ao futuro. Desde há muito tempo, a Eurobot se transformou em uma análise do mundo real da engenharia.
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