Foto:www.abc.net.au
Os países que formam os Brics pediram nesta segunda-feira (30) o fim da prática de nomeação de europeus para o cargo do diretor do FMI (Fundo Monetário Internacional).
Os diretores-executivos que representam o Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul solicitam, de acordo com um comunicado, “a renúncia à velha tradição natural que exige que o diretor do FMI representasse obrigatoriamente um dos países europeus”.
Nesta terça-feira (31), o fundo começará a receber os pedidos de candidatura dos postulantes ao cargo antes ocupado pelo francês Dominique Strauss-Kahn. No momento, ele aguarda em Nova Iorque a resolução do processo penal que sofre por tentativa de estupro a uma camareira de um hotel em Manhattan (EUA), onde estava hospedado.
Desde quando o FMI foi criado, após a Segunda Guerra Mundial, seus principais cargos foram ocupados somente por americanos e europeus, que controlam a metade de todos os votos tanto na instituição quanto no Banco Mundial. Tradicionalmente, a presidência do banco e a vice-presidência do fundo são reservadas aos Estados Unidos.
A declaração dos Brics foi interpretada como reação às recentes declarações de diversos líderes europeus a respeito da substituição de Strauss-Kahn. Há dias, a chanceler alemã Angela Merkel declarou que, no atual cenário, o cargo deve ser assumido por um europeu e outros países podem aspirar à liderança no FMI e no Banco Mundial no futuro. Tal posição foi apoiada por Christine Lagarde, ministro das Finanças da França, para quem os europeus devem se unir em torno de um candidato comum.
Todos os direitos reservados por Rossiyskaya Gazeta.
Assine
a nossa newsletter!
Receba em seu e-mail as principais notícias da Rússia na newsletter: