Parada é cancelada e LGBT criam lista negra

Lista enumera 646 indivíduos e instituições homofóbicas/Foto:AFP/East news

Lista enumera 646 indivíduos e instituições homofóbicas/Foto:AFP/East news

Em menos de uma semana, prefeitura permite e proíbe demonstração LGBT, alegando que o evento geraria desordem.

“Recentemente o governo de Moscou foi contatado por diversos órgãos estatais e governantes, membros da Igreja, organizações públicas e indivíduos, pedindo a suspensão do evento”, diz carta enviada a ativistas LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros), segundo reportou a agência Interfax.

O evento, que seria realizado no dia 28 pela prefeitura, foi cancelado no dia 12.

Um dia antes, o Tribunal Europeu de Direitos Humanos reconheceu a ilegalidade das proibições de três paradas gays em Moscou, de 2006 a 2008.

Segundo o líder do movimento, Nikolai Alekseiev, declarou à agência, é o próprio governo quem incentiva tal atitude da sociedade.

Índice homofóbico

O site GayRussia.ru publicou um índice de homófobos, em uma ação conjunta com a organização “Artigo 282” – que remete ao trecho da Constituição russa referente aos crimes de incitação de ódio, hostilidade e humilhação.

Dividida em quatro partes, a lista em ordem alfabética enumera 487 políticos, funcionários públicos e figuras públicas, 100 juízes, 19 órgãos governamentais, 40 partidos, movimentos e organizações que tenham cometido nos últimos anos ações consideradas homófobas. A ideia é propor que países europeus e de democracia mais desenvolvida rejeitem a entrada desses indivíduos em seus territórios. Em outubro de 2010, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos multou a Rússia em U$ 41 mil dólares por proibir paradas gays em Moscou.

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