Pútin cobra que a Rússia seja um país mais competitivo/Foto:Kommersant
No fim de abril, o primeiro-ministro russo Vladímir Pútin lançou um desafio em seu relatório anual para a Duma (a câmara dos deputados na Rússia), no qual propõe dobrar a produtividade do país na próxima década.
Se o governo realizar a proeza, duplicará o tamanho da economia da Rússia, cuja produtividade é um terço da norte-americana. O grupo de consultoria McKinsey, entretanto, aponta em um relatório de 2010 que entre 60% e 80% dessa diferença deve-se tão somente à má gestão de recursos.
“A Rússia tem que se tornar um país verdadeiramente competitivo. Esse é um requisito básico para governo, empresas e instituições sociais. Se olharmos para a produtividade do trabalho, esse índice é muito menor na Rússia do que nas principais economias”, afirmou Pútin.
“O mínimo que podemos fazer é dobrar esse número na próxima década, ou talvez até tripicá-lo ou quadrupicá-lo nas indústrias de maior destaque”, completou. Em relatório de abril, a OCDE (Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico) destaca a baixa produtividade dos mercados emergentes do Oriente como um dos principais problemas enfrentados pelos governos regionais.
“A capacidade das políticas fiscais e monetárias para continuar apoiando a recuperação está praticamente esgotada, portanto uma ênfase na implantação de reformas estruturais é a única maneira de impulsionar o crescimento”, disse o secretário geral da OCDE, Angel Gurría.
“Os EUA sofreram um boom de produtividade por um longo período em virtude de sua inovação. A Grã-Bretanha o fez por meio da liberalização. As economias emergentes terão em breve que começar a promover inovações em si mesmas”, afirma Plamen Monovski, diretor de tecnologia da informação do fundo Renaissance Asset Managers.
O Estado deu início ao processo de melhoria da gestão na Rússia, com grandes recursos destinados à criação da escola de negócios de Skôlkovo, que treinará a nova geração de gestores. O segundo pilar do programa é promover inovação e alta tecnologia. Pútin afirma que a produção inovadora na próxima década irá aumentar dos 12% atuais para 25% ou 35%.
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