O primeiro-ministro da Índia Manmohan Singh, o presidente da Rússia Dmítri Medvedev, o presidente da China Hu Jintao, a presidente do Brasil Dilma Rousseff e o presidente da África do Sul Jacob Zuma/Foto:AP
"Nós conversamos sobre a necessidade de novas reformas no sistema financeiro internacional", afirmou Medvedev, falando em nome dos participantes da cúpula, que reuniu o Brasil, a Rússia, a China e a África do Sul.
"Sobre essa questão, assim como a respeito da volatilidade dos preços globais de produtos agrícolas, chegamos a uma posição consolidada", explicou o presidente. Ele também garantiu que o conjunto de propostas será discutido na reunião de cúpula do G20 em Cannes, a ser realizada em novembro deste ano.
Outro grande ponto discutido no encontro foi a parceria econômica entre os integrantes do Brics. Os líderes apresentaram um plano para o desenvolvimento de laços econômicos e o fortalecimento da cooperação entre as instituições civis e sociais dos quatro países.
Medvedev acredita que o documento tem bons prognósticos, levando em conta que a Rússia atuou ativamente no rascunho do plano e planeja atuar ativamente na sua implantação. Ele apontou especificamente os novos caminhos de cooperação com o G20 que o plano oferece.
As consequências do devastador terremoto no Japão e do tumulto no norte da África estiveram em pauta na reunião. Os líderes do Brics foram unânimes a respeito de conflitos civis em países africanos. "Nossa opinião comum é de que o problema deve ser resolvido por meio de ferramentas políticas e diplomáticas, não pela força", reforçou o presidente russo.
Quanto aos acidentes naturais e à crise nuclear vivida pelo Japão, a Rússia propôs a criação de um mecanismo de assistência mútua em casos de emergência. "Por mais de um mês, os olhos do mundo estiveram voltados àqueles trágicos eventos. A Rússia e os outros participantes do fórum expressaram empatia pelo povo e pelo governo japonês", disse Medvedev.
O presidente russo também parabenizou o progresso da parceria entre os Brics no último ano e enfatizou que todos os seus membros também integram o Conselho de Segurança da União Europeia, que, em sua opinião, contribuirá para o seu desenvolvimento e ajudará a aumentar seu peso na arena global.
"No último ano, nosso fórum conseguiu atingir um progresso significativo no desenvolvimento do diálogo político. A confiança mútua cresceu, assim como o nível de cooperação em temas internacionais, inclusive com a participação do Conselho de Segurança ", concluiu Medvedev.
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