Apesar do aspecto remoto de Altai e da distância em relação às capitais do país, muitos estrangeiros viajam para a região. As montanhas, lagos, bosques e desertos da de Altai fazem dessa área um destino cheio de atrações para amantes de natureza e história. Nas fronteiras da Mongólia e do Cazaquistão, por exemplo, encontram-se as relíquias de antigas religiões xamânicas e esculturas pré-históricas; além disso, é possível fazer rafting, caminhadas, alpinismo e dormir em tendas tradicionais. Para aproveitar tudo isso, porém, vale a pena seguir algumas dicas de sobrevivência.
(Foto: Kira Kalinina)
1. Como chegar
A melhor opção para chegar às montanhas de Altai é pegando um voo direto de Moscou rumo à capital da região, Gorno-Altaisk, a 3.800 km de distância. Dali, pode-se alugar um carro ou contratar um pacote, e seguir dirigindo para o sul ao longo do famoso Tchuiski Trakt, a antiga rota comercial até a fronteira com a Mongólia.
Há também muitos voos para Barnaul, uma cidade maior e mais desenvolvida do que Gorno-Altaisk (a 3 horas dali). Desse ponto, é ainda mais fácil alugar um carro.
2. Alugue um carro
Se você decidir alugar um carro em vez de fechar um pacote, faça um SUV ou jipe. Os preços começam a partir de 5.000 rublos (265 reais) por dia.
Embora o Tchuiski Trakt esteja em boas condições, há lugares, como no lago Teletskoie, onde é preciso sair da estrada principal e ter experiência na direção em terrenos acidentados; isso quando não chove, e a estrada se transforma em lama.
A principal vantagem de explorar Altai de carro é que basta montar a barraca em qualquer local de acampamento ao longo da rodovia. Para quem não curte acampar, há várias opções de hotel, e é recomendável reservá-los com antecedência. Se a viagem for na alta temporada (junho a agosto), faça a reserva de 2 a 3 meses antes.
3. Percorra a Rota da Seda
(Foto: Aleksandr Nerozia)
O Tchuiski Trakt, que se estende por cerca de mil quilômetros, começa em Novosibirsk, na Sibéria, e corre pelo território de Altai até chegar à fronteira com a Mongólia. Parte do trecho já era usado no terceiro milênio a.C..
Tchuiski é a principal e mais bela estrada de Altai. Ao longo dela, observa-se pequenas aldeias e paisagens montanhosas. Depois de ultrapassar a ponta nevada do monte Belukha, começa a estepe.
4. Fique atento às placas
(Foto: Diana Serebrennikova)
Muitos lugares interessantes, como Kalbak-Tach e os miradouros Tchike-Taman e outro sobre a confluência dos rios Tchuia e Katun são sinalizados por placas marrons especiais, em russo e inglês. Siga as placas ao longo do Tchuiski Trakt e prepara-se para tirar algumas das melhores fotos de viagem de sua vida.
5. Tenha um amigo ou contrate um tradutor
A maioria dos serviços em Altai são apenas em russo, e você precisará de um amigo local, um guia de língua inglesa ou um intérprete para alugar um carro e reservar atividades. Há muitos passeios de barco no lago Teletskoie, ou mais curtos pelos petróglifos em Kalbak-Tash, porém, será preciso contar com alguém que fale russo.
6. Fale menos, escute mais
Kaitchi (Foto: Anton Agarkov)
Quanto mais longe, menos pessoas que falam inglês e turistas. Muitas vezes, gestos são suficientes para se comunicar nessas regiões remotas – além disso, menos conversa pode melhorar a experiência de viagem por Altai. Por exemplo, ouve-se melhor os tradicionais narradores errantes, os ‘kaitchi’, que podem seguir assim por horas, ou desfrutar do silêncio cósmico da estepe sob a Via Láctea.
7. Esteja pronto para inconvenientes
(Foto: Kira Kalinina)
Como Altai é um território selvagem e longe da civilização, é impossível encontrar um banheiro moderno. Prepare-se para buracos no chão, em vez de vasos sanitários de cerâmica. Toalhas de papel e água quente também estão fora de questão.
A boa notícia, porém, é que, quanto mais se adentra as montanhas Altai, mais provável é achar fontes de água pura ou pequenas cachoeiras de geleiras derretidas.
8. Aceite o alimento oferecido
Pãozinho frito tipo 'baursak' (Foto: galiya-cook.livejournal.com)
Altai tem fortes tradições culinárias, e os moradores locais são há muito tempo pastores de gado especialistas em cozinhar carnes e hospitaleiros.
Eles geralmente colocam o que tem de melhor na mesa, mesmo que seu convidado seja um viajante estrangeiro aleatório que não fale seu idioma.
Recusar-se a participar de alguma comilança do tipo ou a beber o tradicional kumis (leite de égua acidificado e fermentado), é considerado feio, portanto, prepare o estômago para se refestelar com carneiro, queijo caseiro e pãezinhos tipo ‘baursak’.
9. Procure pelos pequenos museus locais
(Foto: Legion-Media)
Acrescente à sua lista de atividades em Altai uma visita aos museus locais. Neles estão não apenas artefatos interessantes, mas também pessoas com histórias curiosas. Alguns herdeiros das várias culturas de Altai – cazaque, telenguite, altaiana, nômade e russa – têm museus familiares em suas próprias tendas ou casas e têm prazer em mostrar e contar sobre seus tesouros mais preciosos.
10. Leve lembranças de seu país
(Foto: Legion-Media)
Em gratidão pela hospitalidade local, seja uma refeição compartilhada ou um passeio interessante, você sempre poderá oferecer uma pequena lembrança de seu país que se encaixa facilmente em um bolso ou mochila – talvez, cartões postais ou algum quitute, ou até presentes mais úteis para pessoas que trabalham duro ao ar livre.
Já para os viajantes, as memórias agradáveis podem ser o melhor souvenir nessa jornada. No mais, tapetes cazaques com estampas étnicas, instrumentos musicais tradicionais ou o ingrediente secreto para um chá ou uma sobremesa nômade podem ser boas lembrancinhas para levar de Altai a algum amigo que tenha ficado em casa.
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