5 russificidades que todo estrangeiro adora

Wifi, comida, transportes, sorrisos e humor cortante são alguns dos itens destacados por turistas estrangeiros.

Wifi, comida, transportes, sorrisos e humor cortante são alguns dos itens destacados por turistas estrangeiros.

Alena Repkina
País tem detalhes que dá vontade de embrulhar e levar para casa.

Toda viagem tem surpresas boas e ruins para o turista. Viajando da Europa à Ásia, a falta de alguns produtos tão incorporados no dia a dia ocidental pode não passar batida. Mas as frutas exóticas e os preços baixos podem realmente agradar. Quais são os pontos fortes de uma viagem inesquecível pela Rússia, de acordo com turistas estrangeiros?

1. Comida

Ilustração: Aliona RépkinaIlustração: Aliona Répkina

Apesar de a cozinha russa às vezes compelir o estrangeiro a dizer um grande "niet, spasibo!" ("obrigado, não!"), a maior parte das vezes, porém, ela é um "dá, pojaluista" ("sim, por favor!"). As influências nórdicas tiveram um forte impacto na comida russa, tanto no quesito do modo de cozinhar, como na inventividade para preservá-la.

Scott Brauer, 34, fotógrafo freelance de Boston, Massachusetts, EUA, visitou a Rússia 4 vezes:

De que eu mais sinto falta é da comida. "Pelmêni", pão preto, coisas feitas com groselhas pretas, o suco de berries "mors", os biscoitos "súchki", "shashlik" (churrasco)... Eu também adoro os cafés abertos. Em todas as cidades que eu visitei, podia almoçar ou comer sobremesas e tomar bebidas em qualquer parque, nas calçadas olhando algum rio.

Joe Crescente, 38, escritor e diretor de conteúdo do COLAB, em Portland, EUA, visitou a Rússia 14 vezes:

Dois pratos me remete diretamente à Rússia da minha primeira viagem: "pelmêni" e "shaurma" (um sanduíche de origem árabe enrolado em pão sírio). O "pelmêni", provavelmente, constituiu uns 50% das minhas calorias naquela viagem. Eu provei absolutamente todo tipo dessa massa recheada ("siberiana", com porco, com carne de vaca, peixe, "chinês"), com todo o tipo possível e imaginário de molho (smetana, chili, curry, maionese, molho de soja). Quanto à "shaurma", não tem lanche melhor após uma noite longa. Durante aquele primeiro ano, eu não podia voltar para casa enquanto não comesse uma shaurma ou duas.

2. Transporte

Ilustração: Aliona RépkinaIlustração: Aliona Répkina

Devido a seu enorme território, às longas distâncias e ao planejamento socialista, a Rússia desenvolveu um sistema conveniente e relativamente barato de transportes subterrâneos e na superfície.  Ele é muito fácil de usar - especialmente se você conhecer um pouquinho o alfabeto cirílico.

Alberto Caspani, 39, jornalista de turismo de Milão, Itália, visitou a Rússia 10 vezes:

Tenho saudades daquelas conexões boas de trem e o adorável serviço das comissárias de bordo.

Peggy Lohse, 27, blogger de viagens e jornalista de Dresden, Alemanha, visitou a Rússia 11 vezes:

Eu amava que o metrô, os ônibus, as lotações, em grande parte, não tinham um horário estrito demais, e passavam a cada cinco minutos.

Scott Brauer, 34, fotógrafo freelance de Boston, EUA, visitou a Rússia 4 vezes:

Tenho saudades do sistema de metrô de Moscou. É tão rápido e conveniente e lindo.

3. Internet e serviços móveis

Ilustração: Aliona RépkinaIlustração: Aliona Répkina

Os russos das cidades grandes estão acostumados a usar Wi-Fi gratuito no transporte público, tanto no ônibus como no metrô, e também em cafés, aeroportos, livrarias, universidades, hostels etc. As operadoras móveis também são muito baratas comparadas com o Brasil, EUA ou países europeus.

Lyndon Poskitt, 38, engenheiro mecânico de Yorkshire, Reino Unido, visitou a Rússia 3 vezes:

Sinto falta dos serviços de conexão móvel baratos, do pessoal simples do interior e da comida.

4. Lojas 24 horas e cidades que não dormem nunca

Ilustração: Aliona RépkinaIlustração: Aliona Répkina

Tudo está ao alcance das suas mãos se você mora em uma cidade grande na Rússia: de presentes a remédios, cinemas, entrega de comida, serviço de impressão de fotos, fast-foods e um monte de trânsito também.

Peggy Lohse, 27, blogger de viagens e jornalista de Dresden, Alemanha, visitou a Rússia 11 vezes:

Sempre que tenho que deixar a Rússia um pouco, de que mais sinto falta - além da neve, da língua e dos cogumelos - é do estilo de vida ocupado das cidades russas. Sinto falta das lojas funcionando todos os dias da semana, algumas delas 24 horas. Na Alemanha, é bem comum não ver ninguém nas ruas após as 20h. Na Rússia, tem gente por todo lado o tempo todo. Não só em Moscou ou São Petersburgo, mas também em cidades menores, como Petrozavodsk, Tomsk, Tver ou até na aldeia polar de Igarka.

5. O modo como as pessoas te tratam e sorriem

Ilustração: Aliona RépkinaIlustração: Aliona Répkina

Os padrões de comportamento na Rússia são bem incomuns para um estrangeiro. Apesar de parecerem mau-humorados, porém, os russos podem surpreender aqueles que tentam quebrar o gelo social.

Andras Karpati, 30, empresária da Hungria, visitou a Rússia 15 vezes:

Aquilo de que eu mais sinto falta na Rússia é a hospitalidade incrível das pessoas, suas festas e os anfitriões amigáveis. Tenho saudades das luzes que nunca se apagam, 24 horas por dia e 365 dias por ano, e tenho saudades do sentimento de estar perto de pessoas que amam tão genuinamente e apaixonadamente seu próprio país, que não é uma coisa que se veja normalmente pelo mundo afora.

Ajay Kamalakaran, 37, jornalista e blogger de Mumbai, Índia, visitou a Rússia 12 vezes: 

Sinto falta das idiossincrasias do dia-a-dia na vida russa. Para um país onde sorrir para estrangeiros não é parte da cultura, é incrível o quanto as lindas mulheres nas ruas sorriem para os estrangeiros mais "visíveis". Isso é algo comum tanto em Moscou, como em cidades menores e mais distantes. Tem também o senso de humor russo. Leva um tempo para se acostumar, mas você não se arrepende depois que compreende as nuances culturais. 

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