Quarteto foi fundado em 1982 e usa instrumentos como a balalaica e o acordeão "baian".
DivulgaçãoSurgido em 2012 por iniciativa dos amigos Sabine Lovatelli, Reinold Geiger, Carlos Eduardo Régis Bittencourt e François Valentiny, o festival Música em Trancoso abre neste ano com uma “Noite Russa”, em 18 de março.
“A música russa pertence ao que há de melhor, mais bonito e mais conhecido na história da música. Por isso, em um festival internacional como o nosso, acho importante dedicar uma noite a essa. Ainda mais porque, graças a bons contatos com o país, conseguimos convidar artistas e conjuntos extraordinários, entre eles duas estrelas do Teatro Bolshoi: Aleksander Kassiânov e Svetlana Shílova - que faz sua segunda visita a Trancoso, a pós participação no evento de 2015”, explica a curadora, Sabine Lovatelli.
Alemã, Lovatelli mudou-se nos anos 1970 para o Brasil, onde sentiu que as opções para música erudita eram muito restritas. Por isso fundou, em 1981, o “Mozarteum Brasileiro”, associação cultural que tem por objetivo valorizar e difundir a cultura musical por meio de masterclasses e bolsas de estudos, entre outros, e, em 2012, o Música em Trancoso.
A ideia do Música em Trancoso, foi, desde o início, reunir jovens músicos e profissionais consagrados e, ao mesmo tempo, promover as belezas naturais da Bahia e estimular seu desenvolvimento econômico. A escolha russa para 2017, segundo Lovatelli, não foi por acaso.
“Neste ano, quisemos entusiasmar o público ao criar um programa russo no qual o canto tivesse papel essencial. Assim, incluímos a música popular russa nesse contexto, com obras como ‘Katiusha’. Mas não queremos confundir essa com a música pop, já que, muitas vezes, tratam-se de melodias tradicionais que têm seu lugar na cultura russa há séculos”, explica Lovatelli.
Com a música em coro sacra e profana ocupando posição especial na Rússia e afamada por cantos famosos como os Don-Kosacs ou a Frota do Mar Negro, veio a ideia de escalar para o evento o Coro Yurlov.
Já o Quarteto Terem, fundado em São Petersburgo em 1986 e que conta com instrumentos tradicionais como a balalaica e o acordeão “baian”, foi um trunfo por ser uma grande estrela na Rússia e no mundo.
“Conhecemos o Quarteto Terem em um concerto com a Symphonieorchester des Bayerischen Rundfunks, sob regência de Mariss Jansons, na Odeonsplatz, em Munique, e ficamos imediatamente seduzidos pela ideia de trazê-los para o Brasil. Esta será a primeira apresentação dos artistas no continente sul-americano”, comemora.
O Música em Trancoso já atraiu mais de 45 mil espectadores e quase 1.000 músicos, entre intérpretes de música erudita e popular do Brasil e de várias partes do mundo reconhecidos internacionalmente e orquestras jovens brasileiras.
Com duas plateias, uma coberta e outra ao ar livre, com 1.058 lugares cada, o evento será realizado no Teatro L’Occitane.
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