Hairdressing saloon Charodeika, Moscow. 1971
Shidlovskiy/RIA NovostiSophia Loren
Sophia Loren e Marcello Mastroianni em ‘Matrimônio à Italiana’ (Foto: Global Look Press)
O público soviético adorava a atriz italiana Sophia Loren. Os filmes com Loren, sobretudo aqueles que estrelou ao lado de Marcello Mastroianni, como “Matrimônio à Italiana”, faziam enorme sucesso.
Muitas mulheres soviéticas a viam como um dos principais símbolos do Ocidente. Tanto é que, em uma comédia da época, uma personagem feminina pergunta ao marido, que recentemente viajou para o exterior, se ela havia visto Sophia Loren ou tomado Coca-Cola, e em cantinas do Exército havia cartazes com a mensagem: “Coma cenouras, cebola e rabanete, e você se parecerá com Sophia Loren!”.
Loren visitou a URSS várias vezes, e há uma foto famosa dela no Kremlin com uma estátua de Lênin ao fundo. O retrato foi tirado durante sua primeira visita à União Soviética, em 1965, quando venceu um prêmio no Festival de Cinema de Moscou por seu papel em “Matrimônio à Italiana”.
Cena de ‘Os Girassóis da Rússia’ (Foto: Kinopoisk.ru)
Loren voltou à URSS quatro anos depois para rodar ‘Os Girassóis da Rússia’, uma coprodução italiano-soviética em que novamente atuou com Mastroianni. Eles passaram dois meses em Moscou, mas, desta vez, as mulheres não puderem assistir à sua ídolo porque o filme jamais chegou às telonas soviéticas.
A censura não gostou de certas partes desse longa, no qual um soldado italiano que estava na URSS durante a 2ª Guerra Mundial, eventualmente, permanecia no país.
Brigitte Bardot
Brigitte Bardot ensaia programa de Réveillon para TV nos estúdios da RTF em Paris (Foto: AFP)
O público soviético não teve a possibilidade de ver muitos dos filmes de Brigitte Bardot na época de seu lançamento, mas nem isso diminuiu a popularidade da atriz francesa. A censura considerava que a protagonista de filmes como “E Deus Criou a Mulher” tinha uma imagem frívola e inapropriada, e, por isso, permitiu que apenas um filme com ela fosse exibido durante o regime: ‘Babette Vai à Guerra’.
Cena de ‘Babette Vai à Guerra’ (Foto: Kinopoisk.ru)
Após a exibição desse longa, o corte de cabelo ‘babetta’ virou febre entre as soviéticas – e o mesmo se refere ao biquíni. Bardot ajudou a popularizar o traje de banho depois de usá-lo em uma praia de Cannes no início da década de 1950.
Ainda que não fosse oficialmente possível comprá-los nas lojas soviéticas, os resorts à beira-mar pelo país estavam cheios de mulheres de biquínis.
Marina Vlady
Retrato de Marina Vlady, em 1965 (Foto: AP)
Filha de emigrantes russos, a atriz francesa Marina Vlady era amada pelo público cinematográfico e bem vista pelas autoridades soviéticas. No entanto, ela se tornou um ícone apenas para as mulheres russas apenas em 1969, quando se casou com o cantor mais famoso da União Soviética, Vladímir Vissótski. E para obter um visto de entrada ilimitado no país, ela chegou a se juntar ao Partido Comunista da França.
Marina Vlady em Paris com o marido Vladímir Vissótski (Foto: Getty Images)
Vissótski era centro das atenções, e o mesmo aconteceu com Vlady quando estava com ele. A maneira como ela se vestia nunca passava despercebida. Dizia-se que seus vestidos eram, por vezes, muito decotados e explícitos, mas muitas mulheres adotaram seu estilo – sobretudo quando se tratava de jeans apertados e cabelos soltos.
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