Livro é sempre boa opção - e você pode até pegar emprestado depois!
Fotobank/Getty Images1. Soviético inédito
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Publicado pela primeiríssima vez em livro no Brasil, o jornalista Serguêi Dovlátov (1941-1990) foi um expoente da contracultura soviética que se exilou nos EUA em 1978. Lá, tornou-se redator-chefe do jornal para exilados "Novo Americano" e alcançou sucesso com seus livros e trabalhos publicados na revista "The New Yorker". A obra "Parque Cultural" (1983) baseia-se em sua experiência como guia em Mikháilovskie, patrimônio cultural dedicado a Púchkin que atrai milhares de turistas todos os anos. O título gira em torno do alter ego do autor, o escritor fracassado Borís Alikhanov, sua relação com a esposa, que se prepara para emigrar, os amigos com quem compartilha as amarguras do ofício, os habitantes do local, os funcionários do museu e o poder do Estado, representado por membros da KGB. Tudo isso cria um cenário triste e hilário, grotesto e lírico, na prosa imperdível de Dovlátov. Vertido diretamente do russo por Yulia Mikaelian para a editora Kalinka, especializada exclusivamente em literatura russa e do Leste Europeu.
2. Saga Chalámov chegando ao fim
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Enquanto isso, a Editora 34 lança os tomos 4 e 5 (de um total de seis) de "Contos de Kolimá", do também soviético Varlam Chalámov (1907-1982). O ambicioso projeto tem o intuito de prestar testemunho moral do horror dos campos de trabalho stalinistas, onde Chalámov passou quase vinte anos, em uma prosa lúcida e sensível que não se rende à aridez do fato ou à neutralidade do documento. O quarto volume é traduzido diretamente do russo por Francisco Araújo e traz um momento de inflexão, em que o autor se desvia do tom predominante nos demais livros, de rememoração e documentação em chave literária, para analisar na forma de ensaios o mundo do crime que ele conheceu de perto nas prisões e nos campos de trabalho forçado russos. Já quinto volume, vertido por Marina Tenório, Daniela e Moissei Mountian, traz trinta textos, escritos entre 1965 e 1967, que traçam também o percurso de um artista que tenta recuperar a sensibilidade após os anos vividos no "láguer".
3. O soviético revisto
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No verão de 1890, os lances trágicos do caso de amor entre a atriz polonesa Maria Wisnowska e o jovem militar russo Aleksandr Bartenev, que resultaram em um assassinato - e as insólitas revelações que surgiram durante o processo judicial subsequente -, chocaram a Rússia. Mais de três décadas depois, em 1925, quem tomou essa paixão fatal como ponto de partida para construir a obra-prima da narrativa moderna "O processo do tenente Ieláguin" foi Ivan Búnin (1870-1953), um dos maiores estilistas da língua russa, representante expressivo da chamada "literatura de emigração", e que recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1933. A tradução é a mais recente edição assinada pelo grande Boris Schnaiderman, o pioneiro da tradução direta no Brasil que morreu neste ano em São Paulo e infatigável revisor do próprio trabalho.
4. Para quem ficou com uma 'coceirinha' de ler os originais...
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A editora Martins acaba de lançar o guia Pons de idiomas "Russo para o dia a dia", com noções básicas da língua explicadas de maneira bastante simples para o iniciante. O livro inclui uma breve história do idioma, guia de pronúncia e fonética, aspectos importantes da gramática, as palavras, frases e expressões mais úteis e frequentes do cotidiano e um cd com todo o material sonoro em formato de áudio e mp3. Поехали?
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