Para quem ainda não entendeu o fenômeno, livro desvenda mistérios do grupo, que lançou novos clipes nesta semana.
Depois de longo intervalo intermeado por tempos passados na prisão, nesta semana as meninas do Pussy Riot voltaram a lançar vídeos-performance de protesto.
Se em fevereiro de 2012, porém, as cinco moças entravam na Catedral do Cristo Salvador, em Moscou, usando vestidos, leggings e balaclavas de cores vivas, e apresentando uma “oração punk” suplicando à “Mãe de Deus” para “livrá-las de Pútin”, desta vez seu principal vilão é Donald Trump, o candidato à presidência americana.
Mas, para quem ainda não entendeu o fenômeno da "Arruaça das Vaginas" ("Pussy Riot", em tradução livre do inglês), ainda há tempo: em setembro, a editora Martins Fontes lançou "Palavras Quebrarão Cimento: a paixão de Pussy Riot".
A autora do novo título, a jornalista russo-americana Masha Gessen, acompanha desde o início as meninas e seu julgamento após a apresentação de 2014.
Foto: Divulgação
Nas semanas e meses que se seguiram, três delas foram presas e julgadas, e duas delas, enviadas a colônias penais em locais remotos.
O incidente foi estampado em manchetes internacionais e seus vídeos se tornaram virais. O mundo inteiro passou a conhecer os atos de confrontação das componentes do grupo, tanto como atitude política, como quanto arte.
Com amplo e exclusivo acesso às integrantes do Pussy Riot, a suas famílias e a seus colegas, Gessen reconstruiu as jornadas pessoais que transformaram o grupo de moças em artistas com um ideal em comum.
Autora ainda de "Blood Matters" e "The Man Without a Face: The Unlikely Rise of Vladimir Putin", Gessen é colaboradora do The New York Times, da Newsweek, da Slate e da Vanity Fair.
Sua visão sobre a terra natal gera controvérsias, e alguns de seus compatriotas, feridos por seu criticismo, a acusam de "russofóbica". Sua obra, porém, é traduzida para diversos idiomas em todo o mundo.
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