Neste dia: Acabava julgamento de alemão que aterrissou na Praça Vermelha

Piloto amador foi acusado de vandalismo e condenado a quatro anos de prisão

Piloto amador foi acusado de vandalismo e condenado a quatro anos de prisão

Nikolai Malichev/Aleksandr Konkov/TASS
Em 1987, piloto amador furou defesa antiaérea soviética em um ‘voo pela paz’. Apesar de condenado a quatro anos, homem recebeu anistia no ano seguinte.

Na noite de 28 de maio de 1987, enquanto a URSS celebrava o Dia da Guarda da Fronteira, um avião monomotor Cessna-172R, comandado pelo alemão Mathias Rust, aterrissou habilmente em pleno centro de Moscou, perto da Praça Vermelha.

Quando a aeronave pousou suavemente, o rapaz, vestido com um macacão vermelho e de sorriso amigável, desceu do avião e começou a dar autógrafos aos moscovitas curiosos para ver o que estava acontecendo. Quinze minutos depois, a polícia chegou e Rust foi levado para um local desconhecido, onde ficou preso por quatro anos.

O piloto amador havia partido de um aeroporto perto de Helsinque a bordo de uma aeronave alugada, atravessado a impenetrável defesa antiaérea soviética e percorrido 850 quilômetros até chegar ao coração da União Soviética.

Após o incidente, foi convocada uma reunião extraordinária do Conselho Político do Comitê Central do Partido Comunista da União Soviética.

Três marechais e cerca de 300 generais e coronéis responsáveis pela defesa antiaérea do país foram demitidos, entre eles o então ministro da Defesa, Serguêi Sokolov, e o comandante das forças de defesa aérea, Aleksandr Koldunov. 

O julgamento de Rust aconteceu em Moscou entre os dias 2 e 4 de setembro de 1987. Embora o alemão tenha declarado ao tribunal que seu voo se tratava de “um chamado para a paz”, o piloto amador foi acusado de vandalismo e desordem pública e condenado a quatro anos de prisão. Em 3 de agosto de 1988, no entanto, Rust foi anistiado pelo governo soviético.

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