5 tesouros lendários escondidos na Rússia

Em busca de recompensa, diversos russos já se aventuraram na busca por relíquias

Em busca de recompensa, diversos russos já se aventuraram na busca por relíquias

Getty Images
Da Biblioteca de Ivan, o Terrível, ao ouro de Napoleão, conheça cinco mistérios russos.

A renovação de edifícios em Moscou tem resultado na descoberta de inúmeros objetos históricos. Em um dos achados recentes, em 10 de maio passado, arqueólogos descobriram 10 moedas de prata dentro de uma peça de xadrez do século 16. Naquela época, o dono dessas moedas poderia ter comprado um bando de gansos, porém, atualmente, os objetos irão simplesmente acabar em museu histórico do país.

Embora achados tão pequenos e únicos sejam bastante comuns, há tesouros mais importantes escondidos pelos quatro cantos da Rússia – e, é claro, na maioria das vezes, não são nada fáceis de encontrar. 

Biblioteca de Ivan, o Terrível

Tsar Ivan, o Terrível (1897), de Víktor Vasnetsov (Foto: Galeria Tretyakov)Tsar Ivan, o Terrível (1897), de Víktor Vasnetsov (Foto: Galeria Tretyakov)

Um dos tesouros mais lendários da capital da Rússia, a Biblioteca de Ivan, o Terrível está perdida e pode ter sido escondida pelo próprio imperador. Segundo relatos históricos, essa coleção de roteiros e livros reunidos por líderes bizantinos foi dada como o dote por Sophia Palaeologus, a sobrinha do último imperador bizantino, que casou-se com o príncipe russo Ivan, o Grande em 1472.

Acredita-se que a coleção inclua grande parte da Biblioteca de Constantinopla resgatada dos turcos em 1453 e alguns manuscritos da Biblioteca de Alexandria. A biblioteca era mantida nos porões do Kremlin, a salvo dos frequentes incêndios, e, mais tarde, sob o príncipe Vassíli 3º, os livros foram traduzidos para o russo.

A biblioteca teria se perdido no século 16, quando Ivan, o Terrível mudou-se para Aleksandrovskaia Sloboda, na região de Vladímir. Desde então, diversos arqueólogos vêm procurando a biblioteca em Sérguiev Posad, Aleksandrov, na região de Vladimir e em outras localidades que permaneciam sob a influência do tsar.

Tesouros de Sigismundo 3º Vasa

Retrato de Sigismundo 3º Vasa (Foto: Getty Images)Retrato de Sigismundo 3º Vasa (Foto: Getty Images)

As tropas polacas que invadiram a Rússia no início do século 17 saquearam todos os itens valiosos que encontraram pela frente. O plano era transportá-los para Varsóvia, e dá-los ao rei Sigismundo 3º, mas as carruagens desapareceram no caminho.

Embora tivessem sido informados sobre onde encontrar os bens perdidos (perto da sepultura de um santo local, na área do rio Khvorostianka), os caçadores de tesouros não conseguiram localizá-lo, pois as indicações não eram muito claras. Os especialistas concordam, no entanto, que o tesouro deve estar enterrado em algum lugar perto das cidades de Mojaisk ou Aprelevka, ambas na região de Moscou.

O ouro de Napoleão

‘Retirada de Moscou’ (1927), de Jerzy Kossak (Foto: RIA Nôvosti)‘Retirada de Moscou’ (1927), de Jerzy Kossak (Foto: RIA Nôvosti)

Em outubro de 1812, quando o imperador francês decidiu recuar e deixar a Rússia, seu Exército não quis sair sem troféus. Eles supostamente encheram dois vagões de trem com objetos valiosos saqueados do Kremlin e uma coleção de armas antigas. Mas, durante o recuo, sob o risco de enfrentar as tropas russas em condições climáticas extremas, o Exército de Napoleão teve que abandonar alguns dos itens.

Alguns pesquisadores acreditam que os objetos poderiam ser encontrados em um dos lagos na porção ocidental da região de Smolensk. Mas as tentativas de procurá-los nos anos 1960 não foram bem-sucedidas.

Carga na baía de Ussuri

Baía de Ussuri (Foto: Vladímir Saiapin/TASS)Baía de Ussuri (Foto: Vladímir Saiapin/TASS)

Em 7 de outubro de 1906, um navio de carga chamado Variaguin afundou nas águas da baía de Ussuri, na atual região de Primorie. A tragédia em si não teria atraído tanta atenção se não fosse pelos eventos seguintes.

O navio era de propriedade do comerciante Aleksêi Variaguin, que, depois do naufrágio, pediu às autoridades uma compensação de 60 mil rublos (cerca de US$ 25 mil atualmente) por uma carga valiosa a bordo.

O governador regional se recusou a pagar a compensação, e, em 1913, o ex-capitão do navio comandou uma expedição ao local do ocorrido. O grupo conseguiu encontrar a embarcação, mas devido à falta de recursos (inclusive financeiros), não foi possível trazer a carga do navio de volta à superfície. Tempestades, o início da Primeira Guerra Mundial e a Revolução de 1917 impediram a condução de novas expedições.

A mina de Koltchak

Almirante Aleksandr Koltchak (Foto: Arquivo)Almirante Aleksandr Koltchak (Foto: Arquivo)

Durante a Guerra Civil Russa, o Exército Branco declarou o Almirante Aleksandr Koltchak como Comandante Supremo do Estado russo de 1918 a 1920. Sua posição como líder anticomunista era apoiada com uma grande parcela de reservas de ouro estimada em 650 milhões de rublos (cerca de US$ 280 milhões no dinheiro de hoje).

Koltchak mudou-se de Kazan para a Sibéria, mas parte da valiosa carga foi saqueada no trajeto, e o almirante supostamente escondeu a outra parte.

Em 1921, após a morte de Koltchak, descobriu-se que 250 milhões de rublos (US$ 108 milhões atualmente) em ouro russo tinham desaparecido.

Embora alguns pesquisadores acreditem que o tesouro possa estar enterrados em algum lugar da Sibéria, em Novosibirsk ou ao longo da ferrovia Transiberiana, outros relatos sugerem que a quantia estaria escondida em algum ponto de Altai.

Quer receber as principais notícias sobre a Rússia em seu e-mail?
Clique 
aqui para assinar nossa newsletter.

Autorizamos a reprodução de todos os nossos textos sob a condição de que se publique juntamente o link ativo para o original do Russia Beyond.

Este site utiliza cookies. Clique aqui para saber mais.

Aceitar cookies