“Que eu morra, mas, na memória do meu povo, eu serei imortal”, escreveu Kuznetsov em uma das últimas cartas ao irmão
RIA NôvostiO agente da contraespionagem soviética Nikolai (Nikanor) Kuznetsov, que operou na Ucrânia ocupada pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, nasceu em 27 de julho de 1911, na então província de Perm (atual região de Sverdlovsk).
Em suas missões, ficou conhecido sob vários pseudônimos – Rudolf Schmidt, Nikolai Gratchov e Oberleutnant (patente alemã que equivaleria ao 1º Tenente das Forças Armadas do Brasil) Paul Siebert. Kuznetsov conseguia assumir personagens porque, além de russo, falava alemão, esperanto, polonês, ucraniano e línguas mordóvicas.
Suas operações de inteligência tornaram-se lendárias. Por causa dele, a contrainteligência soviética conhecia os detalhes da correspondência diplomática secreta da embaixada da Alemanha. Ajudou a descobrir a sede da ‘Werwolf’ (força de resistência nazista) de Hitler na Ucrânia e matou seis oficiais de alto escalão alemães.
Os dados que Kuznetsov coletou também ajudaram a impedir que os líderes britânicos, da URSS e dos EUA fossem assassinados durante a Conferência de Teerã.
Em uma das últimas cartas de Nikolai a seu irmão, ele escreveu: “Eu amo a vida, ainda sou muito jovem. Mas se minha Pátria, que eu amo como eu amo minha mãe, exige que eu sacrifique minha vida por sua libertação da ocupação alemã, eu o farei. Que o mundo inteiro saiba o que um patriota russo e bolchevique é capaz de fazer. Deixe os líderes nazistas saberem que nossa nação não será derrotada ou extinta como o Sol... Que eu morra, mas, na memória do meu povo, eu serei imortal”.
Kuznetsov morreu aos 32 anos em uma troca de tiros com membros do Exército Insurgente Ucraniano perto da cidade de Brodi, em 9 de março de 1944. Nikolai recebeu postumamente o título de Herói da União Soviética. Seus arquivos ainda não foram totalmente disponibilizados e serão mantidos sob poder do Serviço de Segurança Federal (FSB) até 2025.
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