Evento terá mesa-redonda com Svetlana Filippova, discípula de Iúri Norstein.
DivulgaçãoA capital brasileira receberá, pela primeira vez, a “Mostra de Animação Russa”, que acontece de 27 a 30 de julho no Cine Brasília. A programação conta com 37 desenhos animados, de 20 diretores, realizados entre os anos de 1950 e 2014.
Além das sessões de filmes, serão realizadas mesas-redondas sobre os aspectos da animação cinematográfica russa e soviética, seus significados e suas perspectivas para a sociedade e para o cinema.
“O Conto dos Contos” (Skazka skazok, URSS, 1979) de Iúri Norstein, / Foto: Divulgação
A diretora e animadora russa Svetlana Filippova é uma das dabatedoras convidadas, e haverá também sessão comentada pelos curadores, Luiz Gustavo Carvalho e Maria Vragova.
“A mostra é composta, ainda, por outros nomes importantes do cinema de animação soviético e russo, e apresenta ao Brasil uma produção única que, apesar de ter recebido importantes prêmios na Europa e nos Estados Unidos, ainda não é conhecida aqui. Quase 80% dos filmes são da época da antiga União Soviética e o restante, contemporâneos. Assim, queremos levar ao público um importante capítulo da história do cinema de animação universal”, afirma Maria Vragova.
Entre os destaques da programação está o ganhador do Oscar “O Velho e o Mar” (1999), de Aleksandr Petrov, indicado à estatueta também por “Meu amor” (2006).
O “O Conto dos Contos”, obra prima de Iúri Norstein, é outro título imperdível, considerado pela Academia Americana de Cinema o melhor desenho animado de todos os tempos. Com seu estilo poético e único, Norstein ocupa posição singular na animação russa, com obras destinadas tanto a crianças, como a adultos.
As animações “Tarakã, o bigodudo” e “Mukha-Tsokotukha” baseadas na obra do mais importante escritor e poeta infantil Kornêi Tchukóvski também passarão pelas telonas do Cine Brasília, e haverá ainda lançamento do livro “Tarakã, o bigodudo” em português, na sexta (28), às 17h.
Entre as produções para as crianças, destacam-se, ainda três obras relacionadas ao ursinho Puff, “O crocodilo Guêna”, “O ursinho Taptijka”, “A raposa e a lebre”, “A garça e a cegonha”, entre outros.
Três histórias de amor (Tri istorii liubvi, Rússia, 2007), de Svetlana Filippova/ Foto: Divulgação.
Outros desenhos são baseados em obras literárias conhecidas de escritores russos e estrangeiros, tais como “O Quebra-Nozes”, de E.T.A Hoffmann (com música do compositor russo Piotr Tchaikovsky), e “O conto do pescador e do peixinho”. Ambos foram inspirados na obra de Aleksander Pushkin, o poeta mais amado do país.
A ex-União Soviética foi um dos países pioneiros em animações, tradição que perdura na Rússia contemporânea. Uma das continuadoras dessa tradição é Svetlana Filippova, discípula de Iúri Norstein, que trará quatro obras suas feitas por meio de uma técnica em que utiliza borra de café para criar a animação.
Outro contemporâneo será Konstantin Bronzit, que trará seu “Lavatory-Lovestory”, indicado ao Oscar em 2009.
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