Membros do júri e do comitê organizador do 1º Festival de Cinema do Brics
Aleksêi Uchenkov/RIA NôvostiO 1º Festival de Cinema do Brics, realizado em Nova Déli entre os dias 2 e 6 de setembro, apresentou ao público os filmes mais recentes dos cinco países. As sessões ficaram lotadas, com muitos espectadores de pé.
O melodrama juvenil “14+”, do diretor russo Andrêi Zaitsev, foi um dos longas que que mais atraíram público.
“É um grande filme. Traz temas muito próximos a nós, pode-se encontrar algo em comum com eles”, descreveu o espectador Mahendra Kumar.
A ideia de um festival do Brics partiu do primeiro-ministro indiano Narendra Modi durante a cúpula em Ufá, na Rússia, em meados de 2015. A Índia é atual presidente do Brics e já realizou mais de 50 eventos do grupo em diferentes esferas.
O próximo país a presidir o Brics será a China, que também será anfitrião do 2º Festival de Cinema do grupo.
Vencedores
Havia 20 filmes na competição do festival, sendo quatro de país-membro.
A comédia dramática indiana “Thithi”, sobre como três gerações de um clã reagem à morte de um ancião, ganhou o prêmio principal do festival como melhor filme.
A atriz russa Julia Peresild foi nomeada melhor atriz por seu papel em “A Batalha de Sevastopol”, e, entre os homens, o prêmio ficou com o sul-africano, Thabo Rametsi (“Kalushi”).
Já o filme “Xuanzang”, rendeu ao diretor chinês Huo Tszyantsi o título de melhor diretor, e o brasileiro “Entre Vales”, de Philippe Barcinski, venceu o Prêmio Especial do Júri.
Além dos quatro longas russas incluídos no circuito principal, o documentário “Tolstói e Mahatma Gandhi: um retrato duplo nas profundezas da época”, de Galina e Anna Ievtuchenko, também recebeu menção especial.
Oscar para o Brics?
A ideia do festival, salientam os organizadores, é contribuir para o crescimento da compreensão mútua entre cidadãos dos países do Brics.
“O cinema promove o intercâmbio cultural, a compreensão um do outro, e cimenta os laços entre os países”, afirma Venkaiah Naidu, ministro para Informação e Radiodifusão da Índia.
A premiação também tem outro objetivo – criar um local alternativo para cinema que não atenda aos padrões dos Estados Unidos e europeus.
“O Brics é o futuro, esqueça o resto”, disse Xoliswa Sitholi, membro sul-africana do júri, durante o evento. “O que precisamos é de vontade política de cada país para adotar uma abordagem protecionista para seus filmes e trabalhos. A França tem feito isso. Não tenho nenhuma dúvida de que daqui a 15 anos, os Brics serão um lugar para onde todo mundo vai estar mirando”, completou.
Segundo Kirill Razlogov, crítico de cinema e membro do júri pela Rússia, chamou a atenção para a necessidade de coprodução.
“Coprodução é o único caminho para as telonas. Na Europa, o nível de coprodução é de 80%, na Rússia, é cerca de 5%. Esses números falam por si”, disse.
O ministro indiano Venkaiah Naidu ressaltou que já existem longas em coprodução da Índia com a China e o Brasil.
“Estamos muito animados e considerando a possibilidade de assinar acordos semelhantes com Rússia e África do Sul”, disse Naidu na cerimônia de encerramento.
Cerimônia de encerramento do festival, em Nova Déli Foto: pib.nic.in
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