"O sucesso da Escola do Teatro Bolshoi do Brasil, que completou 15 anos em março, é um grande símbolo desse relacionamento na área cultural" Foto: N.Rázin
A visita a Moscou do senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), idealizador da Escola do Balé Bolshoi no Brasil e presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Rússia, levou o Ministério da Cultura russo a receber uma delegação brasileira para discutir projetos conjuntos no setor na última sexta-feira (17).
Pelo lado russo, participaram do encontro a vice-ministra da Cultura da Federação Russa, Elena Milovzórova; a diretora do Departamento de Apoio Estatal à Arte Popular, Irina Tarasova; e o vice-diretor do Teatro Bolshoi, Anton Guétman.
"Como tem acontecido nos últimos 15 anos, vamos apoiar a escola o máximo possível. Discutimos a direção que tomaremos, e essa será, em primeiro lugar, o apoio técnico e material. É preciso encontrar meios de fazer isso acontecer", disse Guétman após a reunião.
Pelo lado brasileiro, participaram do encontro, além de Silveira, o senador Jorge Viana (PT); o embaixador do Brasil em Moscou, Antonio Guerreiro; o chefe do setor cultural da embaixada brasileira, Igor Germano; o presidente da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, Valdir Steglich; e o diretor da escola, Pável Kazarian.
Na reunião foram abordadas propostas de cooperação bilateral na área cultural para os próximos anos e relembrados diversos acordos bilaterais que estão sendo negociados, entre eles o que trata do estabelecimento de centros culturais, de estímulo a coproduções audiovisuais e de um programa executivo de cooperação cultural até 2017.
"Chamei também atenção para o potencial na cooperação cultural, uma vez que há grande interesse de ambos os lados, como ficou comprovado com a realização dos 'Dias da Rússia no Brasil', no final de 2013, e dos 'Dias do Brasil na Rússia', em 2014", disse o embaixador brasileiro à Gazeta Russa.
Já a diretora do Departamento de Apoio à Arte Popular, apontou que existe ainda a possibilidade de cooperação cultural do Brasil com outras instituições, regiões e cidades da Rússia, como Kazan e Perm, que nos últimos anos tem se destacado no setor.
"Reuniões entre representantes dos governos dos dois países são muito importantes para chamar atenção para o tema", disse à Gazeta Russa o chefe do setor cultural da embaixada brasileira, Igor Germano.
Para ele, a cultura é o melhor caminho para integrar dois países geograficamente distantes.
"O sucesso da Escola do Teatro Bolshoi do Brasil, que completou 15 anos em março, é um grande símbolo desse relacionamento na área cultural", diz Germano.
Balé como pontapé
Durante o encontro no ministério, Silveira sugeriu utilizar cada vez mais a Escola do Teatro Bolshoi em Joinville como base para intercâmbios bilaterais em outras áreas, como artes plásticas e música erudita, e convidou a vice-ministra russa a participar da 33ª edição do Festival de Dança de Joinville.
O senador também visitou a sede do Teatro Bolshoi em Moscou na segunda-feira (20), onde foi recebido pelo diretor-geral, Vladímir Úrin.
Entre os resultados do encontro, Úrin se comprometeu a fazer um apelo às empresas russas com atividades no Brasil para que apoiem a filial brasileira por meio da Lei Rouanet.
Além disso, também foi anunciado durante a reunião que mais dois alunos formados na filial do Brasil foram convidados a trabalhar no Balé Bolshoi de Moscou, com previsão de estreia ainda em 2015.
"Se forem assinados os contratos e confirmada também a contratação do bailarino brasileiro David Soares Motta – formado na Escola do Bolshoi em Moscou, com apoio do Itamaraty–, em breve o Brasil passará a ter seis bailarinos no corpo do balé em Moscou", comemora o embaixador brasileiro.
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