1. Barrinha de Kolomenski: o enlatado medieval
Foto: divulgação
Feito de maçãs ácidas e mel, o doce de Kolomenski já era preparado no tempo de Ivan, o Terrível. Por ser uma boa maneira de preservar a colheita, virou uma espécie de comida enlatada medieval. As maçãs eram assadas no forno e, depois de amassadas, eram espalhadas em tabuleiros para secar ao sol. Após secas, as tiras finas de massa de fruta eram enroladas como um pergaminho e consumidas até a próxima colheita.
No Museu dos Sabores Desaparecidos, em Kolomna (a 96 km de Moscou), é possível conhecer os segredos da fabricação desse doce, prová-lo e até comprar alguns para levar para casa. Mais informações no site http://kolomnapastila.ru/en/.
2. Bolinho de gengibre de Tula: recheio exclusivo
Foto: divulgação
O priánik (bolinho de gengibre) de Tula é provavelmente o doce mais famoso da confeitaria russa no mundo. Em praticamente todas as regiões do país, os pães de gengibre são pequenos, redondos e sem recheio. Mas, ainda no século 17, os doceiros de Tula (a 183 km de Moscou) tiveram a ideia de fazer priániks retangulares e com recheio, além de enfeitá-los com palavras e desenhos. O Museu do Priánik de Tula não só apresenta informações sobre o doce centenário, como vende bolinhos feito segundo a tradicional receita da região. O Museu Tolstói, que não fica longe dali, é outra parada obrigatória em Tula.
3. Pepino-do-mar do Extremo Oriente: ginseng marítimo
Foto:TASS
Vladivostok (a 9.134 km de Moscou) é o único local da Rússia onde se pesca pepino-do mar. Este invertebrado marítimo conhecido como “trepang” uma enorme lagarta felpuda que, devido a seu sabor e propriedades benéficas, não perde o estatuto de iguaria na culinária japonesa, coreana e chinesa desde o século 16. É consumido comido cozido, misturado em saladas, seco ou mesmo mergulhado em uma espécie de xarope de álcool e mel.
4. Peixes omul e muksun: lendas siberianas
Foto: Lori/Legion Media
Muskun e omul são os peixes siberianos mais famosos no país. Na Sibéria, pescadores e moradores distinguem ambos os peixes dependendo da temporada de captura. O omul é menor que o muksun, mas ambos têm uma carne bem suave, adocicada e com bastante gordura, devido ao clima frio. O melhor muksun é o pouco salgado, que pode ser provado apenas na Sibéria, e o omul, no lago Baikal. É justamente com esses peixes que se prepara o “peixe tártaro siberiano”, prato típico conhecido como “sugudai”.
5. “Etchpotchmak”: pastelzinho da tarde
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O “etchpotchmak” (palavra que, traduzida do tártaro e do basquírio, significa “triângulo”) é o pastel mais comum na Basquíria e Tatarstão. Trata-se de uma pequena massa fechada, com recheio de batatas, carne de carneiro e cebola. Em Ufa (a 1.165 km de Moscou) ou Kazan (a 719 km de Moscou), é uma heresia recorrer a um hambúrguer na hora de fazer um lanche: o “etchpotchmak” é vendido em quase todos os supermercados e padarias locais.
6. Tradição da primavera: osmerus
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Todos os anos, em maio, São Petersburgo é invadida pelo aroma do osmerus frito e pepino fresco, lembrando os moradores e visitantes que a primavera chegou. O osmerus é um peixe que habita o rio Neva e o Golfo da Finlândia; quanto mais fresco estiver, mais saboroso é. Tornou-se símbolo gastronômico da cidade e item fundamental do festival anual da primavera, que reúne os cidadãos em torno de tradições bem antigas.
7. Kebab russo: cordeiro do Daguestão
Foto: TASS
O Daguestão (a 1.795 km de Moscou), na região do Cáucaso, concentra as melhores criações de cordeiro no país. A carne produzida nessa região não tem o forte cheiro característico do carneiro, e a gordura do animal é muito saborosa. Ali é possível saborear a mesma comida que os povos nômades da região consumiam alguns séculos atrás: sopas e espetinhos de carneiro, que no Cáucaso são preparados apenas por homens.
8. Diamante congelado: stroganína
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O que comer no norte da Rússia se o solo está sempre congelado? A resposta está na ponta da língua dos locais: a deliciosa stroganína. Isto é, finas fatias de peixe fresco congelado mergulhadas em uma mistura de sal e pimenta preta. Como é preparada a partir de quase todos os tipos de peixes locais, a stroganína é servida em diversos estabelecimentos de Iakutsk (a 4.898 km de Moscou), cidade de onde vêm todos os diamantes russos.
9. Melhor amigo do chá: mel de Altaí
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É perto das montanhas de Altaí que estão localizados os maiores campos de trigo-sarraceno da Rússia. E as abelhas, é claro, gostam muito dele. O resultado desse amor é um mel incomum, de consistência líquida. coloração âmbar escuro e sabor característico. Perfeito na hora de um chazinho, esse mel pode ser encontrado também em alguns supermercados e feiras de Moscou.
10. Unanimo no Oriente: tchak-tchak
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Tártaros, basquírios, quirguizes, uzbeques e cazaques – todos comem tchak-tchak. Esta receita leva apenas três ingredientes: farinha, ovos e mel. Pequenos “pauzinhos” feitos de massa são fritos e depois recebem uma uma calda de mel quente. Resultado: um enorme cone, que é comido com as mãos – assim como faziam os povos nômades das estepes que inventaram o tchak-tchak cerca de mil anos atrás.
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