Obras de artes ainda permanecem isentas de proibições aprovadas no ano passado Foto: ITAR-TASS
No ano passado, as autoridades russas aprovaram uma lei que proíbe o acesso de crianças a conteúdo erótico e pornográfico, embora a legislação não forneça uma definição legal clara de tais conceitos.
Até o momento, qualquer conteúdo considerado como “tendo valor histórico, artístico ou cultural” estava isento da proibição. Assim, a lei poupava museus, parques e sites da necessidade de censurar obras da antiguidade, arte renascentista e moderna, que retratam partes íntimas.
Já o novo projeto de lei sobre segurança da informação para menores, publicado esta semana pela agência federal para controle dos meios de comunicação e telecomunicações (Roscomnadzor), propõe agora remover a liberação para obras de arte.
O Museu Pushkin de Moscou, que orgulhosamente exibe uma réplica do David de Michelangelo com a genitália descoberta, realizou uma exposição de nu artístico ainda no início deste ano.
A agência não se pronunciou sobre o assunto, e os dois especialistas envolvidos na elaboração da lei não foram localizados.
A Rússia já possui uma lista negra com sites que supostamente apresentam informações sobre extremismo, drogas ilícitas e suicídio, ou difundem pornografia infantil. O acesso ao conteúdo de filmes piratas também pode ser temporariamente bloqueado sem a necessidade de recorrer a uma decisão judicial.
Publicado originalmente pelo The Moscow News
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