Egito e Tailândia foram os destinos preferidos dos russos no último inverno

Foto: Shutterstock / Legion Media

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O que também marcou o final da temporada foi o excesso de oferta para os Emirados Árabes, um crescimento de fluxo de turistas modesto para as estações de esqui da Áustria e a queda de 20% de turistas russos com destino a Cuba.

No inverno passado, a demanda dos russos por viagens para o Egito voltou a aumentar.

O que também marcou o final da temporada foi o excesso de oferta para os Emirados Árabes, um crescimento de fluxo de turistas modesto para as estações de esqui da Áustria e a queda de 20% de turistas russos com destino a Cuba.

É o que mostra estatística elaborada pelo jornal “Kommersant”. 

Em 2012, 1.701 russos visitaram a Jamaica. Só em janeiro deste ano, no entanto, 1.347 russos desembarcaram na ilha, de acordo com dados da administração turística do país. No final de janeiro, a Rússia só perdia para Reino Unido (10,4 mil), França (2.000) e Alemanha (1.700) no número de turistas enviado à ilha caribenha.

O aumento tem uma explicação simples: este ano foram inaugurados os vôos charter da empresa Transaero direto de Moscou para Montego Bay. São três vôos por mês.

Os números apontam que também foi registrado um crescimento de fluxo turístico para o destino maciço dos russos no inverno, o Egito.

De acordo com uma agência de estatística egípcia, em novembro passado, o número de russos que visitaram o país aumentou 29%, para 320,1 mil pessoas, em relação ao mesmo período do ano anterior; em dezembro, cresceu 42%, para 248,4 mil pessoas e em janeiro de 2013, 37%, para 231,8 mil. 

Deve-se levar em conta, porém, que a temporada anterior de inverno foi marcada por uma forte queda na demanda de férias para Hurghada, Sharm el-Sheikh e outros resorts egípcios.

Contra o pano de fundo da turbulenta situação política no país, o fluxo de turistas da Rússia caiu 24% e 36%, em novembro e dezembro de 2011, respectivamente; em janeiro de 2012, a queda foi de 32%.

Ou seja, agora, a demanda excede ligeiramente o nível pré-crise, quando, após a Primavera Árabe, em fevereiro e março de 2011, as autoridades russas proibiram a venda de excursões organizadas para o Egito.

Nesta temporada, houve datas em que a procura de pacotes para o país excedia a oferta, algo extremamente raro, nota a gerente geral da operadora PegasTouristic, Anna Podgornaya.

O crescimento para outros destinos litorâneos populares no inverno foi mais significativo. Para a Tailândia, por exemplo, o aumento foi de pelo menos 43%. Para Dubai, de 49%.

Para os russos que moram na região dos Urais, devido à proximidade geográfica, a Tailândia tornou-se um destino mais popular do que o Egito, observa a diretora executiva da associação de operadoras de turismo da Rússia, Maia Lomidze.

O fluxo de turistas para a República Dominicana, outro destino chamado de longo curso, continua crescendo. Conforme observado na administração de turismo do país, com 22,7 mil pessoas, a Rússia ficou em segundo lugar em número de turistas enviados ao país, depois da França e pela primeira vez passando à frente da Alemanha, pelos números de janeiro de 2013. Mas para as operadoras de turismo o destino permanece deficitário, considera Lomidze.

Em compensação, o interesse por férias em Bali, apesar da disponibilidade de ofertas especiais, está claramente caindo. Em setembro de 2012, o fluxo de turistas russos à Indonésia, de acordo com o Ministério da Cultura e Turismo local, caiu 74%. Em outubro foi registrado um crescimento de 44%, mas em novembro, houve nova queda, de 2%, diminuindo novamente em dezembro em 16%. Em janeiro de 2013, o fluxo turístico cresceu em apenas 2%, chegando a 12,6 mil russos.

O destino mais desastroso nesta temporada de inverno acabou sendo Cuba. O número de russos que foram para a ilha decresceu por quatro meses consecutivos.

Podgornaya associa a queda de demanda para Cuba com a inflexibilidade dos hoteleiros locais, razão pela qual o fluxo turístico acaba sendo redistribuído em favor da República Dominicana e do México.

A Finlândia, destino de inverno mais popular para excursões, recebeu menos russos em janeiro. No mesmo mês, a Áustria, país popular para férias de esqui, mostrou um crescimento de apenas 2%, com 85,7 mil pessoas.

Com isso, o fluxo de turistas para Salzburgo cresceu 0,5%, para 16,4 mil. Para Tirol, chegou até a diminuir em 3%, para 34,1 mil pessoas. Nestas regiões ficam as estações de esqui mais populares.

“O pico de popularidade para os esqui já passou na Áustria”, assinala o co-proprietário da operadora de turismo Ascent-Travel, Evgeniy Sudbin.

 

Publicado originalmente pelo “Kommersant”

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