Destroços de avião ficaram espalhados em área de 20 km²
APA Rússia confirmou nesta terça-feira (17) que uma bomba causou a explosão e consequente queda do avião da companhia russa Kogalimavia (conhecida como Metrojet) no Egito, no último dia 31 de outubro, tirando a vida das 224 pessoas a bordo.
Segundo nota publicada no site do Kremlin, o chefe do Serviço Federal de Segurança (FSB, na sigla russa), Aleksandr Bôrtnikov, informou o presidente Vladímir Pútin que traços de explosivos de produção estrangeira foram detectados em meio aos destroços.
“A bordo do Airbus A321 explodiu uma bomba artesanal com potência equivalente a 1 kg de TNT”, disse Bôrtnikov. “Podemos dizer, definitivamente, que foi um ato terrorista.”
O presidente russo exigiu uma investigação imediata para definir e localizar os autores do atentado, “onde quer que eles estejam escondidos”.
“Pelo número de vítimas, o assassinato dos nossos cidadãos no Sinai está entre os crimes mais sangrentos. Não conseguiremos secar as lágrimas de nossa alma e coração. Mas isso não nos impedirá de encontrar e punir os autores. (...) Iremos encontrá-los em qualquer ponto do planeta e vamos puni-los”, declarou Pútin, em reunião no Kremlin.
O Serviço Federal de Segurança anunciou ainda uma recompensa de US$ 50 milhões por informações sobre os responsáveis pelo atentado. “Para quem fornecer evidências que contribuirão para a detenção dos criminosos, será oferecida uma recompensa de US$ 50 milhões”, informou o FSB.
Pouco tempo depois da tragédia na Península do Sinai, um grupo fundamentalista islâmico regional, mas que possui ligação com o Estado Islâmico (EI), reivindicou a autoria do ataque.
Apesar da declaração do primeiro-ministro russo Dmítri Medvedev, que havia admitido a possibilidade de um atentado terrorista, o governo russo vinha mantendo cautela sobre as especulações em torno do episódio. A confirmação da causa pela inteligência russa acontece quatro dias após os atentados em Paris, que deixaram 129 mortos.
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