Queda de Airbus pode ter sido ato terrorista, diz Medvedev

Medvedev assumiu possibilidade de atentado, mas destacou que “análise das causas ainda continua”

Medvedev assumiu possibilidade de atentado, mas destacou que “análise das causas ainda continua”

Dmítri Astakhov/TASS
O primeiro-ministro russo Dmítri Medvedev disse que acidente envolvendo o Airbus A321 na península do Sinai pode ter sido causado por um ataque terrorista. Kremlin vinha mantendo cautela sobre declarações acerca do assunto.

“A probabilidade de um ato terrorista permanece como causa do acidente [com o Airbus A321”, declarou Medvedev em entrevista ao jornal “Rossiyskaya Gazeta”. Mas análise das causas do acidente “ainda continua”, acrescentou.

A declaração veio a público após o presidente russo Vladímir Pútin proibir os voos de companhias aéreas russas para o Egito na sexta passada (6).

As autoridades russas, que vinham evitando falar sobre a possibilidade de atentado terrorista, estão empenhadas agora em retornar ao país, em um período de duas semanas, todos os 80 mil cidadãos nacionais em férias no Egito.

No último fim de semana, mais de 11 mil já foram evacuados do país árabe. Seguindo as medidas de segurança adotadas pelo Reino Unido, a bagagem dos passageiros russos também retornará separadamente.

Quase certeza

No sábado passado (7), a agência Reuters divulgou a declaração de um membro da comissão de inquérito afirmando haver ‘90% de certeza’ de que a explosão ocorreu a bordo devido ao barulho no final da gravação de uma das caixas pretas.

Paralelamente, a Airbus descartou a hipótese de falha técnica como causa para queda do avião. “A aeronave estava tecnicamente operacional, (...) mas temos que aguardar os resultados finais do inquérito”, disse nesta terça-feira (10) o representante da empresa, Stefan Schaffrath, citado pela agência de notícias RIA Nôvosti.

Embora estejam sendo conduzidas por peritos russos e egípcios, as investigações recebem reforço das agências de inteligência de Londres e Washington. “Quando tivermos algo para compartilhar, assim o faremos”, disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, citado pela agência Tass.

Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido também confirmou que Londres havia entregado a Moscou informações referentes a um eventual ataque terrorista a bordo do Airbus. O chanceler britânico Philip Hammond disse, porém, que o país não poderá revelar todos os dados da inteligência sobre o acidente no Egito.

 

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