Parte da delegação russa durante chegada ao aeroporto do Galeão, no RJ
EPAAndrêi Kirilenko, jogador de basquete, medalhista de bronze olímpico, campeão europeu e vencedor de vários prêmios individuais da NBA e da Liga Europeia.
É muito simples. Acredito que o nosso país tenha muitos atletas de elite que vale a pena seguir e apoiar. Eu, por exemplo, torcerei por nossa equipe, sobretudo tendo em conta as dificuldades superadas recentemente. Eu estarei torcendo por cada atleta. E espero que os nossos atletas olímpicos voltem para casa com muitas medalhas.
Foto: Evguênia Novojenina/RIA Nôvosti
Marat Sáfin, tenista, ex-número 1 do mundo, vencedor de dois torneios Grand Slam, recém-incluído no Hall da Fama do Tênis
Vou dar apoio a nossa equipe nacional como um patriota. Quanto ao motivos que levariam torcedores de outros países a fazerem o mesmo, não tenho o que dizer. Normalmente, as pessoas torcem tanto para atletas de seu próprio país como para grandes estrelas. E a seleção russa nos Jogos do Rio não terá superestrelas: Sharapova, Isinbaieva, Iefímova foram todas deixadas de fora.
Foto: Anton Denisov/RIA Nôvosti
Minha postura em relação ao escândalo de doping? Eu já disse mais de uma vez: não há razão alguma para procurar um inimigo externo nessa história. Precisamos mudar toda a estrutura do esporte: instruir treinadores infantis, oferecendo-lhes remuneração competitiva, desenvolver infraestruturas esportivas nas regiões do país, melhorar as condições de treinamento, ficar atentos à farmacologia... Um monte de coisa precisa ser mudada. Espero que todos os escândalos que vieram à tona antes do Rio nos ajudem a dar a devida atenção aos problemas acima.
Evguênia Medvédeva, patinadora artística, campeã mundial e europeia
Foto: Vladímir Pesnia/RIA Nôvosti
Nossa equipe no Rio inclui as superestrelas do nado sincronizado Natália Íschenko e Svetlana Romáchina, a líder absoluta em ginástica rítmica Iana Kudriávtseva, a esgrimista Sofia Velíkaia, a ginasta Alia Mustáfina... Essas pessoas nunca usaram substâncias proibidas e tiveram uma centena de testes de doping negativos durante suas carreiras. Sem elas, os Jogos Olímpicos não seriam, tão emocionantes e atraentes.
É por isso que os espectadores só vão se beneficiar da decisão dos agentes esportivos de permitir que a nossa equipe compita no Rio. É uma pena que, por causa das proibições impostas pelas federações internacionais, os Jogos no Rio irão prosseguir sem [a nadadora] Iúlia Efímova, [a saltadora com vara] Elena Isinbaieva, e [o corredor] Serguêi Chubenkov. Eles passaram um longo período se preparando para esses Jogos e agora eles terão que vê-los pela TV.
Pável Buré, jogador de hóquei no gelo, medalhista de prata e bronze olímpico, vencedor dos troféus Calder e Maurice Richard, membro do Hall da Fama do NHL
Foto: Artiom Gueodakian/TASS
No Rio, a Rússia será representada exclusivamente por atletas limpos, que nunca foram flagrados em exames de doping e este ano passaram por testes rigorosos em laboratórios credenciados pela Wada [Agência Mundial Antidoping]. Nossa equipe nacional é definitivamente a mais transparente nesses jogos, por isso, os entusiastas da teoria de conspiração devem mudar o discurso e dar uma olhada nas estatísticas.
No último relatório da Wada em 2014, a Rússia ocupa o 53º lugar na classificação por casos de doping. Nossa porcentagem de testes positivos é de 0,9%; em comparação, o valor para os EUA é de 0,7%. Além disso, nenhum dos agentes esportivos russos afirmam que a Rússia não tem problemas com doping. Tem, e eles estão sendo tratados. Lembrem-se, em outros países atletas também usam substâncias proibidas.
Elena Isinbaieva, saltadora com vara, bicampeã olímpica, tricampeã mundial, detentora do recorde mundial (5,06 metros)
Foto: Mikhail Klimentiev/RIA Nôvosti
Nossa equipe sempre atua conforme as regras e se atém ao fair play em qualquer situação. Houve inúmeros casos em que os nossos atletas foram julgados injustamente, mas, mesmo nessas situações, não reclamamos, e sim continuamos a trabalhar com o dobro da energia e da determinação.
Peguemos, por exemplo, a história com [o ginasta] Aleksêi Nemov nas Olimpíadas de Atenas [em 2004]. O público vaiou durante 15 minutos em protesto contra a baixa pontuação que os juízes lhe deram, enquanto Aleksêi tentava acalmá-los. É por isso que sempre vale a pena torcer pelos atletas russos. Somos uma nação forte e não precisamos de doping.
Quanto à proibição dos atletas, trata-se de uma história espetaculosa. Infelizmente, as autoridades do COI [Comitê Olímpico Internacional] botam mais fé em um professor que foi suspenso de suas funções por de abuso de poder [em referência a Grigóri Ródtchenkov] do que nos campeões olímpicos e atletas de renome.
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