Sistema é adaptado às necessidades de cada cliente.
Shutterstock / Legion-MediaPesquisadores da Universidade Nacional de Pesquisa Nuclear da Rússia criaram um novo sistema conjugado de softwares e hardwares para defender empresas de ataques cibernéticos que será utilizado pelos Brics.
O projeto é foi batizado de Shield, e substituirá uma série de outros programas, inclusive de outros fabricantes russos.
“Praticamente todas as soluções atuais, sobretudo as dos nossos concorrentes internacionais, como a Positive Technology e a Belden, são destinadas a proteger os 'Sistemas Automatizados de Controle' (ASC), o que inclui programas antivírus e firewalls. Já o Shield foi concebido para ser um sistema mais amplo e complexo”, explicou à Gazeta Russa o diretor do departamento de engenharia da universidade, Dmítri Mikhailov.
O novo produto protegerá empresas em todos os níveis, desde o operador de ASC até os aplicativos finais.
O Shield pode ser configurado, por exemplo, para controlar conexões piratas a tubos transportadores de petróleo e gás. O sistema é adaptado às necessidades de cada cliente.
“Nossos parceiros locais estão contentes com nossa prontidão em transferir parte da produção do sistema à iniciativa local”, diz Mikhailov.
A universidade acredita que o produto atenda a demanda do mercado.
“Todo país tem empresas de infraestrutura de extrema importância, como de transporte, de saneamento, energéticas e industriais. Além disso, qualquer instituição estatal, como escolas, hospitais ou órgãos do governo, necessitam de sistemas anti-incêndio e para controle de acesso. Tudo isso requer proteção, o que gera interesse por corporações e governos estrangeiros também. Projetamos a maquete de uma cidade automatizada e mostramos para os nossos clientes as consequências da falta de proteção [cibernética]”, diz.
Segundo os desenvolvedores, o Shield pode resistir a ataques e outros comportamentos danosos, como vírus, failover, troca de comandos e outros.
Essas propriedade têm atraído a atenção de grandes empresas dos Brics, e Brasil e China já manifestaram intenção de compra, de acordo com a universidade.
Para setembro, estão marcadas reuniões com empresários indianos.
No ano passado, hackers atacaram os sistemas de uma usina metalúrgica na Alemanha e desligaram o alto-forno, além de colocarem o vírus Dragonfly em computadores de empresas do setor de gás dos Estados Unidos e Canadá.
Mas o incidente mais famoso aconteceu no Irã, ainda em 2010, quando o vírus Stuxnet invadiu as instalações nucleares do país.
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