Crianças sírias vão passar férias nos arredores de Moscou

Combates entre as tropas do governo e militantes sírios já deixaram mais de 100.000 mortos Foto: AFP/East News

Combates entre as tropas do governo e militantes sírios já deixaram mais de 100.000 mortos Foto: AFP/East News

Um grupo de 100 crianças da devastada pela guerra Síria chegaram à Rússia para passar duas semanas de férias em um acampamento de recreação nos arredores da capital russa.

“Um grupo de 100 pessoas chegou a Moscou, e é composto por crianças de várias idades do orfanato do mosteiro de Santa Tecla em Maaloula, que foi recentemente atacado por militantes. Também vieram filhos de soldados mortos em Damasco e moradores do Vale dos Cristãos, perto de Homs”, disse um representante da Fundação Santo André, o primeiro Chamado, que organizou a viagem.

“As crianças vão permanecer na Rússia até 11 de agosto, e aqui irão desfrutar de um programa cultural diversificado”, acrescentou o representante. O programa de férias das crianças inclui uma visita à capital russa e um encontro com o Patriarca de Moscou e de Toda a Rússia, Kirill.

“Tenho certeza de que as crianças vão valorizar a sua viagem para a Rússia”, diz Vladímir Iakunin, presidente do conselho de supervisão da organização. “Espero que isso as ajude a esquecer dos terríveis acontecimentos sofreram.”

Os combates entre as tropas do governo e militantes sírios deixaram mais de 100.000 mortos e provocou o deslocamento de milhões de cidadãos desde o seu início, em março de 2011, de acordo com estatísticas da ONU.

O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) informou no início do mês que havia 2,9 milhões de refugiados sírios registrados em países da região, com taxa de crescimento de 100 mil pessoas a cada mês.

Doadores internacionais alocaram US$ 1,1 bilhão em contribuições para o Plano de Resposta Regional da Síria, e o Acnur e os seus parceiros têm providenciado muitas das necessidades de alimentos, saúde, educação e proteção dos refugiados. A agência observou, contudo, que o montante arrecadado até então representa apenas 30% dos fundos necessários.

 

Publicado originalmente pela The Moscow Times

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