‘Traje espacial do futuro’ será usado em órbita ainda este ano

Novo traje espacial foi o item mais procurado para fotos por visitantes da Innoprom Foto: Daria Kezina

Novo traje espacial foi o item mais procurado para fotos por visitantes da Innoprom Foto: Daria Kezina

Com material mais resistente, Orlan-MKS é equipado com sistema automatizado de termorregulação. Criadores planejam concluir os testes com protótipo e enviar produto final para o espaço antes de dezembro de 2015.

Entre todas as inovações apresentadas durante a Feira Industrial Internacional Innoprom, realizada recentemente em Iekaterinburgo, na Rússia central, o traje espacial Orlan-MKS foi a que reuniu mais pessoas em torno si. O motivo era simples: todas queriam tirar uma selfie com o chamado “traje espacial do futuro”.

Trata-se do “mais perfeito traje espacial do mundo”, destacou Maksim Koziúk, diretor-geral da holding russa Tekhnodinamika, responsável pela criação do projeto, ao apresentá-lo ao público.

As principais novidades da roupa espacial são o sistema automático de termorregulação e o uso de material resistente que permitirá aumentar o número de saídas para o espaço aberto.

O protótipo, criado por encomenda da corporação espacial Enérguia, principal fornecedora de componentes e equipamentos para o segmento russo da Estação Espacial Internacional, já está passando por testes no centro de pesquisa científica e produção Zvesdá.

Os experimentos devem ser concluídos antes do final do ano, quando é esperada a colocação do traje em órbita. No entanto, apenas os cosmonautas russos terão, inicialmente, acesso a tal tecnologia.

“As tecnologias espaciais estão próximas às bélicas e, às vezes, até as ultrapassam em termos de sigilo, por isso, a cooperação internacional nessa área é um assunto bastante complexo”, disse um funcionário da Tekhnodinamika à Gazeta Russa.

Particularidades

O novo traje espacial russo possui algumas características que não estão presentes em seus análogos estrangeiros.

Uma delas é o primeiro sistema automático de termorregulação do mundo, que vai monitorar a temperatura do corpo humano e criar condições ideais para os trabalhos no espaço aberto. No caso de falha do sistema, está previsto um controle manual de temperatura.

Além disso, o uso de membranas seladoras de poliuretano (mais resistentes ao desgaste e leves), em vez das de borracha, na confecção permitirá aumentar o número de saídas ao espaço aberto de 15 para 20 e estender a vida útil do traje espacial de 4 para 5 anos.

O design especial vai possibilitar ainda que os cosmonautas levem de 5 a 7 minutos para se vestirem sozinhos. Até recentemente, para colocar os trajes espaciais existentes, era preciso contar com a ajuda de colegas e o processo demorava quase uma hora.

 

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