Antártica ganhará novas estações do Glonass até 2020

Valéri Vladímirov (esq.) e Iúri Fateev (dir.) Foto: arquivo pessoal

Valéri Vladímirov (esq.) e Iúri Fateev (dir.) Foto: arquivo pessoal

Aumento de estações permitirá controlar mais de 90% da órbita dos satélites e melhorar a precisão de todo o sistema de navegação russo.

Cientistas das regiões de Krasnoiarsk e São Petersburgo planejam instalar de 4 a 7 novas estações do Glonass na Antártica até 2020. As futuras estações irão se juntar às três já existentes no continente. A expectativa é que isso permita melhorar significativamente a precisão de todo o sistema de navegação por satélite.

“Não se trata aqui do segmento de consumidores diretos do Glonass, isto é, de estações de correção diferencial e monitoramento como as que já temos no Brasil e na China”, explicou à Gazeta Russa o professor da Universidade Federal da Sibéria, Iúri Fateev.

“Vamos implantar na Antártica estações de medição do próprio sistema Glonass que irão efetuar medições para determinar parâmetros das órbitas dos satélites”, acrescentou.

Segundo Fateev, embora a informação gerada por essas novas estações de medição não esteja diretamente disponível aos consumidores, o efeito será manifestado no aumento da precisão do sistema Glonass para todos os usuários.

Foto: arquivo pessoal

A criação da rede começou em 2009 e a sua expansão está prevista por meio da instalação de novos equipamentos desenvolvidos pelo Centro Científico de Krasnoiarsk em parceria com a Universidade Federal da Sibéria e a empresa de pesquisa e produção Radiosviaz.

Sinal contínuo

A ideia de implantar estações de medição do Glonass na Antártica foi sugerida há 10 anos por Valéri Vladímirov, vice-presidente do Centro Científico de Krasnoiarsk da Academia de Ciências da Rússia. Isso porque, para ter um controle de 100% da órbita de satélites, é necessário um número maior de estações em grandes áreas, com sinal praticamente contínuo.

“Assim, nós conseguimos não apenas controlar os satélites, mas também ler os seus sinais on-line, ou seja, obter a qualquer momento todas as informações necessárias sobre qualquer objeto em qualquer lugar do mundo”, garante Vladímirov. “As novas estações na Antártica são, talvez, a única possibilidade de aumentar consideravelmente a credibilidade dos dados de navegação do Glonass.”

 

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